Marcos Fábio Belo Matos – professor doutor do Curso de
Jornalismo da Ufma Imperatriz
marcosfmatos@gmail.com
No dia 16 de novembro de 2006, a Ufma de Imperatriz dava
início às atividades dos seus novos cursos de graduação: Enfermagem, Engenharia
de Alimentos e Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Os novos
cursos chegaram para se somar aos já existentes, Ciências Contábeis, Direito e
Pedagogia, que já tinham, então, quase 25 anos de fundação.
Era um campus acanhado que, com a vinda desses novos cursos,
acabava por se transformar em Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia
(CCSST) e ganhar uma nova forma de gestão, podendo, por exemplo, ter um
Conselho de Centro, coordenações próprias e gerir seus próprios cursos.
A iniciativa de criar esses novos cursos estava vinculada ao
projeto de expansão da Ufma e de interiorização das universidades brasileiras,
capitaneado pelo MEC. A expansão fez com que a Ufma, hoje, conte com oito
unidades no interior do Estado: Imperatriz, Codó, Bacabal, Balsas, Grajaú,
Pinheiro, São Bernardo e Chapadinha.
Com a criação dos novos cursos, o panorama da Ufma em
Imperatriz também mudou – e para melhor. O quadro de professores passou a
contar com mestres e doutores, pois, como exigência de qualificação, o MEC só
permitia abrir concursos para professores com mestrado ou doutorado. Isso fez
também com que surgisse um cenário para o crescimento, exponencial, de projetos
e pesquisa e extensão.
Outra mudança importante se deu na ocupação do campus. Antes
com atividades noturnas, o campus passou a ter uma movimentação em todos os
seus turnos, aumentando a sensação de “vida universitária”.
Vida universitária também no que toca aos eventos que
passaram a acontecer com mais frequência – congressos, simpósios, seminários,
minicursos, viagens estudantis, trotes, calouradas e outras comemorações.
A Ufma ganhou uma identidade, enfim. Tanto que, pouco tempo
depois de os cursos começarem, foi pintado o nome “Universidade Federal do
Maranhão” nos muros do prédio.
Depois dessa primeira fase da expansão, veio outra. Em 2010,
chegaram mais dois novos cursos: Licenciatura em Ciências Humanas e
Licenciatura em Ciências Naturais, que depois ganharam, respectivamente, as
ênfases em Sociologia e Biologia.
E, por fim, estamos na fase da terceira expansão, quando
conseguimos implantar o Curso de Mestrado em Ciência dos Materiais (o primeiro
deste nível em toda a região tocantina) e o Curso de Medicina.
Entre as expansões, algumas vitórias: conquistamos uma nova
unidade acadêmica, a Unidade Avançada do Bom Jesus, para onde foram alocados os
cursos de Enfermagem, Engenharia de Alimentos, Licenciatura em Ciências
Naturais, Medicina e o Mestrado em Ciência dos Materiais; ampliamos o número de
projetos de pesquisa (hoje temos 19 em andamento) e de extensão (hoje contamos
com cinco em atividade); aumentamos o número de bolsas de assistência
estudantil; ampliamos o nosso acervo bibliográfico e de periódicos.
Muitos desafios ainda necessitam ser vencidos, porém. É
preciso melhorar a infraestrutura da Unidade Bom Jesus (física, de telefonia e
internet e de acessibilidade); implantar um restaurante universitário naquela
unidade, dada a natureza diuturna dos cursos e a distância que ela fica de outras
regiões com mais serviços; garantir o atendimento mais qualitativo das
necessidades, principalmente, de segurança e transporte público, para o
conforto e o bem-estar da comunidade que estuda a trabalha no Bom Jesus;
melhorar a quantidade de espaços físicos na Unidade Centro, para abrigar novas
demandas por unidades administrativas (salas de núcleos de pesquisa, projetos
de extensão, novos laboratórios, coordenações de cursos de pós-graduação, por
exemplo).
Oito anos atrás, a Ufma em Imperatriz era apenas um sonho
possível, pois tudo estava para ser feito. Hoje, oito anos depois de iniciar
seu processo de consolidação da expansão, somos uma realidade – que ainda
precisa de um melhor formato, é certo; mas que já tem uma identidade definida
de universidade.
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