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sábado, 22 de agosto de 2015

SALTOS ORNAMENTAIS NA UFMA: TRAMPOLIM NO CONTINENTE COM MERGULHO NO BACANGA

Marizélia Ribeiro
Professora do Departamento de Medicina III UFMA
Concursos sob suspeita na Universidade Federal do Maranhão geram questionamentos
Nos últimos dois anos, docentes recém-contratados, com a arbitragem da Administração Superior da UFMA, deram a impressão de estar participando de competições olímpicas de saltos ornamentais.

Em vez de assumirem nos locais objetos de concursos, professores que fizeram seletivos para cursos em campi do continente foram nomeados para Departamentos do campus do Bacanga, em São Luís. Trampolim no continente com mergulho no Bacanga!

Subiram ao podium ocupando o 1º lugar até três competidores, embora não tenha havido empate em concursos cujas vagas foram abertas para unidades do interior maranhense. Digo assim porque, em um dos casos, foram contratados três aprovados quando havia 1 vaga disponível, segundo o edital. 

Chegou ao ponto de o ingresso docente ser diretamente em Departamentos do CCBS, CCSo e CCH, sem trabalho na unidade do continente para a qual foi aberta a vaga. E me pergunto: houve prévia aprovação dos Departamentos envolvidos em reuniões das Assembleias Departamentais?

Chegou ao ponto de o salto ter como destino uma Unidade Suplementar recém-construída que não funciona a contento, apesar dos milhões de reais investidos. A maior premiação para o ingresso: estágio doutoral no exterior, sem um dia de experiência docente na Universidade e sem cumprimento do estágio probatório.

Parece que esqueceram algumas condições estabelecidas em artigo que é comum nos editais: “A habilitação do candidato não lhe assegura a nomeação automática, mas lhe garante a expectativa de direito à nomeação, respeitada a ordem de classificação, o número de vagas deste Edital e o prazo de validade do certame, ficando a concretização do ato de nomeação condicionada à observância de legislação pertinente e à conveniência da Instituição.” Ah! A conveniência...

No CCBS, o podium de um 1º lugar de um concurso teve 5 premiados. No CCSo, se fez concurso para uma área e se foi contratado para outra.

As vagas não são mais definidas pelas necessidades departamentais? É de se atentar que, nesses saltos, alguns cursos continuarão sem ofertar disciplinas por causa dessa situação esdrúxula, que parece indicar a priorização de interesses e acordos pessoais em detrimento das atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Universidade pública de qualidade não se faz com saltos desse tipo.

Um comentário:

Anônimo disse...

REITOR PROPINEIRO DÁ NISSO.