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segunda-feira, 30 de maio de 2016

OCUPADO POR ARTISTAS, IPHAN É REDUTO DE WALDIR MARANHÃO

Ocupação do Iphan começou pelo "Volta Minc" e ampliou para o "Fora Temer"
Artistas, estudantes, produtores culturais e ativistas em geral que ocupam a sede do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), no Centro Histórico de São Luís, bem que poderiam fazer o enterro simbólico do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP).

O parlamentar é o padrinho político do superintendente do Iphan, Alfredo Alves Costa Neto, ex-secretário adjunto na Secretaria de Cidades (Secid), feudo de Waldir Maranhão no governo Flávio Dino (PCdoB).

Na eleição de 2014, Alfredo Neto doou R$ 4.800,00 à campanha de Maranhão (veja aqui).

A ocupação do Iphan denuncia o golpe contra a presidente Dilma Roussef (PT) e só vai acabar quando o presidente interino Michel Temer (PMDB) descer a rampa do Palácio do Planalto.

Para derrubar Temer, seria de bom tom se a ocupação começasse pelos seus pilares. Waldir Maranhão é o principal operador do presidente afastado da Câmara dos Deputados - Eduardo Cunha - símbolo do golpe contra Dilma.

Após alguns titubeios, Waldir Maranhão fez um acordo com a cúpula do governo Temer (PMDB) para manter-se no cargo, seguindo as orientações de Cunha, líder do Centrão, grupo de uns 300 deputados que votou a favor do impeachment.

O enterro simbólico de Waldir Maranhão justifica-se ainda por outros maus exemplos. Além de professor fantasma na Universidade Estadual do Maranhão (Uema), o deputado mantinha o filho Thiago Maranhão em uma sinecura no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Os mais exaltados ativistas contra o golpismo precisam olhar também para o próprio umbigo, o TCE, e exigir que o tribunal dê transparência à folha de pagamento.

É preciso combater Michel Temer em todas as instâncias.

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