A conquista do campeonato mundial de clubes pelo Corinthians
vai ficar na maioria dos registros como uma homenagem ao atacante Sócrates, uma
lenda do clube.
Sócrates (foto) não foi apenas um atleta, foi o maior símbolo da Democracia
Corintiana, movimento criado no clube onde as decisões eram tomadas através do diálogo
entre jogadores, comissão técnica e dirigentes.
Nos meados dos anos 80, quando o Brasil vivenciava os
estertores da ditadura militar, os corintianos introduziram no futebol as
práticas democráticas que influenciaram dentro e fora de campo.
O Corinthians melhorava o desempenho a cada ano e o país
voltava a respirar a democracia.
Sócrates foi um entusiasta do movimento que combatia a
ditadura da cartolagem no futebol. Era craque de bola e um animal político notável.
A Democracia Corintiana mesclou futebol, política e música, através
das letras irreverentes do rock nacional que palpitavam nos anos 80.
Jogando de calcanhar e olhando pra frente, Sócrates estava além
do seu tempo.
É para ele esse mundial.
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