Jornalismo com artigos, reportagens, crônicas e notas sobre temas locais, nacionais e internacionais. Resenhas, dicas e outros toques...
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Aniversário de Flavio Dino
Maranhão surreal
Frente de esquerda em Imperatriz
terça-feira, 29 de abril de 2008
Audiência adiada
A MPX é controlada pelo milionário Eike Batista. O pedido da audiência é de autoria do deputado Max Barros (DEM).
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Audiência debate termelétrica de Eike Batista
A audiência foi requerida pelo deputado Max Barros (DEM).
A termelétrica é um empreendimento de US$ 1,431 bilhão, compreendendo um complexo industrial gerador de energia elétrica, de grande porte – 720 MW -, movido por vapor de água do mar aquecida por combustão de carvão mineral pulverizado importado da Colômbia.
O projeto, equivalente a duas UTE de 360 MW, caso licenciado, deve ser implantado no Distrito Industrial de São Luís em duas fases, sendo a primeira (operacional) a partir de 2011.
As termelétricas são controladas pelo milionário Eike Batista, dono da EBX, e têm a simpatia da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, dirigida por Othelino Neto.
A instalação das termelétricas já é contestada por várias entidades da sociedade civil e pela deputada Helena Heluy (PT), que denunciam o alto nível de poluição e degradação das usinas.
O Ministério Público Estadual formalizou duas Ações Civis Públicas visando a sustar os efeitos da LP (Licença Prévia) n° 043/2007 e do respectivo processo de licenciamento da UTE-Porto do Itaqui, por alegadas ilegalidades, conforme consta do Inquérito Civil n° 075/2007.
Com informações de Ronald de Almeida Silva
Chefe da Assessoria de Especial de Planejamento Estratégico da Presidência da AL.
Aniversário de Flavio Dino
Fórum denuncia devastação na Amazônia
Em carta distribuída na internet, integrante do Fórum Amazônia Oriental alerta para possíveis mudanças na legislação sobre a área de reserva legal na floresta. A redução da reserva visaria atender aos interesses da Vale. Veja a síntese da carta de Guilherme Carvalho, divulgada na lista “Siderurgia na Amazônia”.
"O Congresso Nacional vai apreciar quatro propostas que, se aprovadas, afetarão decisivamente o futuro do nosso país e da Amazônia.
São eles: o Projeto de Lei 6.424/85 (autoria do senador Flexa Ribeiro, do PSDB/PA; a Medida Provisória 422/08 (cópia do projeto do deputado Asdrúbal Bentes, do PMDB/PA; o Projeto de Emenda Constitucional 49/2006 (autoria do senador Sérgio Zambiasi, do PTB-RS) e os decretos Legislativos 44/2007 e 326/2007.
Em síntese, a proposta do senador Flexa Ribeiro visa diminuir a área de reserva legal florestal da Amazônia de 80% para 50%, visando garantir a ampliação da área de plantio para eucalipto, cana, soja e outras mais.
Nunca é demais lembrar que esse projeto beneficiará a Vale, entre outras grandes empresas, pois esta pretende plantar e/ou incentivar o plantio de milhões de pés de eucalipto.
E a Vale sozinha já é responsável por pouco mais de 80% das exportações paraenses. Já Asdrúbal Bentes é pré-candidato à prefeitura de Marabá (município do sudeste do Pará), foi membro do tristemente conhecido Getat e tem profundas vinculações com grandes proprietários de terra.
Sua proposta visa legalizar as terras griladas no país. A proposta do senador Sérgio Zambiasi busca beneficiar as grandes empresas internacionais de celulose que querem se instalar nas fronteiras do Brasil com Argentina e Uruguai.
Então a proposta do senador é reduzir a faixa de fronteira de 150 km para 50 km, ampliando a margem para a aquisição de terras pelos grileiros e multinacionais.
A grande imprensa silencia, diferentemente do que ocorreu com o estardalhaço feito em relação à demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Por fim, os decretos legislativos criam verdadeiros obstáculos à demarcação de terras de remanescentes de quilombos. Então, se juntarmos todas as propostas acima teremos uma clara visão do que os ruralistas e outros segmentos da direita querem alcançar:
- legalizar terras griladas;
- permitir a expansão da monocultura para novas terras;
- impedir a imobilização de terras públicas para essas atividades, dificultando a demarcação de terras de quilombos;
- e favorecer o capital internacional nesses empreendimentos."
Mais informações podem ser obtidos no email: viacampesinabrasil@gmail.com
Guilherme Carvalho: técnico da Fase Amazônia, membro da Coordenação da Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais e integrante do Fórum da Amazônia Oriental.
Romaria na área Itaqui-Bacanga
A caminhada mobiliza paróquias, igrejas, entidades dos movimentos sociais e afins para fortalecer a luta pela dignidade e resistência da organização popular.
Realizada desde 1990, a romaria é pautada pela temática da Campanha da Fraternidade, vinculada à CNBB. Em 2008, as bandeiras de luta são: moradia, saneamento básico, saúde, geração de emprego e segurança.
A caminhada encerra na praça Sete Palmeiras, na Vila Embratel, às 18h30.
PT decide coligar com o PC do B
A coligação com o PC do B uniu as chapas da deputada Helena Heluy e do dirigente nacional do PT Washington Luiz. O candidato a vice de Flavio Dino ainda será decidido em um novo encontro municipal.
Estão colocados na disputa para vice o jornalista Ed Wilson Araújo, o advogado Kleber Gomes e o ex-superintendente do Incra Raimundo Monteiro, mas outros nomes podem surgir até o encontro.
Hoje pela manhã o deputado Flavio Dino concedeu a primeira entrevista coletiva na condição de pré-candidato dos petistas.
sábado, 26 de abril de 2008
PT deve optar por coligação
sexta-feira, 25 de abril de 2008
O PT não está à venda
Em congressos, plenárias, prévias e encontros decide quais nomes serão apresentados ao eleitorado. O voto de cada filiado, seja dirigente ou militante de base, tem o mesmo valor nos fóruns petistas.
Maio é o desaguadouro de dezenas de debates internos sobre tática eleitoral. Em São Luís, as diversas tendências têm suas posições sobre o caminho a ser seguido pelo partido para a sucessão municipal.
Umas defendem candidatura própria; outras, aliança. São posições divergentes de tática, interpretadas e debatidas democraticamente dentro do PT.
Nesse período de debate tático, muitas especulações infundadas sobre o partido começaram a percorrer a teia informativa da sucessão municipal, expondo a legenda como uma mercadoria qualquer a ser negociada nos balcões da política.
O PT também é responsável por essas interpretações equivocadas, porque trocou a formação política pelo personalismo, as eleições passaram a ser um objetivo imediato, o marketing virou mágica, o pragmatismo substituiu o horizonte da utopia e o trabalho de base foi invadido pela militância profissionalizada.
E aí, em vez de debater tática e estratégia, seria melhor matricular os petistas em cursos de técnicas de vendas.
Para reverter esse rumo, precisamos voltar ao Sítio Pirapora e ao Instituto Cajamar, recuperar os programas de formação de quadros, preparar os intelectuais para as grandes batalhas e retomar o trabalho de base.
É esse o vento que sopra e leva o mundo à esquerda. Michele Bachelet no Chile, Tabaré Vázquez no Uruguai, Fernando Lugo no Paraguai, Hugo Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Daniel Ortega na Nicarágua e Lula no Brasil são projetos de poder capazes de dar uma nova configuração no cenário internacional.
Quase todos chegaram ao poder por múltiplos fatores, entre os quais a capacidade de fazer alianças. Bachetet até radicalizou as alianças na concertação chilena. O próprio Lula coligou-se até com os extremos.
O PT precisa ousar na tática. Ao abdicar da candidatura própria, haverá perdas e ganhos. Quebra-se a tradição de ter um nome genuíno na disputa, mas ganha o campo democrático-popular com um projeto para São Luís.
Como diriam os velhos comunistas, é preciso dar um passo atrás para avançar depois. E cabe ainda um velho chavão, mas ainda atual: temos de acumular forças para dar o salto qualitativo e chegar à vitória.
É esse o sentido da aliança. Em que pese os méritos dos defensores da candidatura própria, o PT não terá o desempenho suficiente para sair vitorioso nesse momento decisivo da disputa em São Luís.
Na ilha, ergueremos o farol que vai iluminar o continente em 2010 e adiante. Temos de elaborar a tática pensando na estratégia, no objetivo final.
O PT tem uma missão relevante nesse contexto: aglutinar forças em um novo espectro partidário capaz de distinguir-se do sarneísmo e do jackismo.
Portanto, a tática de 2008 é essencial para a concretização de uma estratégia de tomada do poder em 2010 ou 2014, quando teremos, a partir da ilha de São Luís, um núcleo à esquerda para vencer as eleições ao Governo do Estado.
Precisamos ir além do maniqueísmo retórico e colocar o PT na posição de protagonista de uma aliança de esquerda no Maranhão para alcançar o nosso objetivo maior.
As condições objetivas para materializar a tática estão dadas. A aliança com o PC do B é o melhor caminho em 2008, a que mais aproxima-se do governo Lula, cujos investimentos no Maranhão constituem a maior força transformadora dos nossos indicadores sociais.
A tática é um momento da estratégia. Precisamos ter clareza dessa unidade dialética e dar o passo certo em São Luís. O caminho é pela esquerda, com o PC do B.
Portanto, é preciso olhar a ilha de São Luís pensando não só no Maranhão, mas na América e no mundo. O protagonista da maior vitória eleitoral na América Latina, com a re(eleição) de Lula, não pode retroceder na ilha de São Luís.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Sobre as disputas no PT
O partido, no mundo real, passa por um momento de retração, e não é por falta de candidatura própria na ultima eleição, e muito menos pelo desempenho do governo.
Existe sim, uma visão personalista do processo político do partido, onde em cada eleição, estes grupos que estão acabando com o PT MA, buscam um lugar ao sol no mundo político.
E tem esse processo, como uma ultima oportunidade de ser visto no mundo da política. Isso mesmo, porque estes grupos são os mesmos que sempre condenaram o PT na crise, e até estavam de malas prontas para desembarcarem em outros partidos.
Que o governo Lula passa por um bom momento é fato, agora será que todos têm o mérito por ter contribuído e defendido o governo Lula, como deveria... Para estarmos neste bom momento.
Esta indagação deve ser feita às lideranças que querem fazer do PT um instrumento pessoal e não da militância do partido. Se não, vejamos o seguinte, o PT esta no governo Jackson, qual o resultado político desta presença para o partido?
Ao que parece, ter três secretarias e mais de oito adjuntos, não serve. O que será que vai servir ter um candidato próprio sem projeto? Ou a reconstrução do partido de uma forma gradual, politizada e coletiva.
O personalismo do PT em SLZ e no MA, tem um momento para ser eliminado, e é o processo das eleições de 2008 que vai afirmar isso.
Evandro Sousa
evandro1313@yahoo.com.br
MP denuncia Othelino Neto
segunda-feira, 21 de abril de 2008
“Coligação” é maioria no PT
Somadas, as chapas da Articulação (liderada pelo ex-deputado Washington Luiz) e do gabinete da deputada estadual Helena Heluy tiveram 464 votos contra 407 votos da chapa vinculada ao deputado Domingos Dutra, que defende a candidatura própria de Bira do Pindaré.
Com esse resultado, a tese da coligação tem direito a 110 delegados no encontro municipal do próximo domingo 27 e a chapa “Bira prefeito” conta com apenas 96 delegados.
Dutra vai tentar inviabilizar os delegados da chapa “Esquerda Unida”, liderada pela deputada Helena Heluy, alegando que não obteve 10% dos votos do encontro, instituindo uma espécie de “cláusula de barreira”.
A executiva municipal do PT reúne-se amanhã para apreciar a situação da chapa de Helena, mas a tendência é assegurar a participação dos delegados no encontro do dia 27. A parlamentar defende aliança com o PC do B.
No fundo, a tentativa de excluir o coletivo de Helena Heluy visa pavimentar o caminho para uma aliança com o PDT, tendo Bira do Pindaré candidato a vice de Clodomir Paz – candidato preferido do prefeito Tadeu Palácio.
A proposta de candidatura própria é apenas para demarcar posição e ampliar as possibilidades de diálogo com o PDT.
sábado, 19 de abril de 2008
Jackson vai de Castelo
quinta-feira, 17 de abril de 2008
“Articulação” defende aliança na eleição municipal
Duas defendem coligação: uma vinculada ao gabinete da deputada estadual Helena Heluy e outra da Articulação, liderada pelo ex-deputado federal Washington Luiz, com a chapa “Construindo uma nova São Luís”.
O coletivo vinculado a Heluy prefere aliança com o PC do B. A Articulação vai definir posteriormente a formação da chapa majoritária.
A defesa da candidatura própria é assinada pelos setores vinculados ao deputado federal Domingos Dutra.
Veja abaixo o manifesto da chapa “Construindo uma nova São Luís”
Representamos o sentimento de centenas de petistas que participaram do PED 2007, construindo a vitória histórica da chapa. E agora marcham juntos no Diretório Municipal, em uma gestão democrática e participativa, baseada na construção partidária de base, na militância nos movimentos sociais e na visibilidade do PT de São Luís como uma das principais forças do cenário político.
O PT hoje está no foco de todos os debates sobre a sucessão municipal, graças ao empenho de cada militante, da base à direção. Esse mérito é de todos que ajudam a construir o partido cotidianamente. Portanto, a decisão a ser tomada sobre o melhor caminho do partido nas eleições 2008 é de grande responsabilidade.
Imbuídos desse sentimento de responsabilidade coletiva, defendemos como TÁTICA ELEITORAL a COLIGAÇÃO com os partidos recomendados pela direção nacional do PT como prioritários na política de alianças: PC do B, PDT e PSB.
O PT precisa ousar na tática e perceber a necessidade de somar forças no campo democrático e popular de São Luís, tornando-se protagonista de uma aliança com viabilidade eleitoral e perspectivas de futuro na disputa de poder no Maranhão.
Em que pese a qualidade e a trajetória de luta dos nomes propostos pelo PT, a tese da candidatura própria não agrega forças políticas e materiais suficientes para enfrentar a disputa eleitoral que se apresenta altamente competitiva.
Nas experiências anteriores, em que o PT disputou com candidatura própria, o nosso desempenho ficou aquém do desejado, a ponto de reduzir em 50% a bancada na Câmara Municipal e posteriormente zerando a nossa representação parlamentar em São Luís.
Entre a fragilidade da candidatura própria e a construção de uma aliança concreta, não há dúvidas que o melhor caminho para o PT é a COLIGAÇÃO com os partidos da base do governo Lula.
Na COLIGAÇÃO o PT SERÁ PROTAGONISTA do diálogo com as forças democráticas, da construção do programa de governo, na participação da sua militância na condução da campanha. Esse conjunto de fatores vai proporcionar ao partido um desempenho positivo nas eleições e agregar forças para cenários futuros.
No cenário da COLIGAÇÃO, precisamos tomar como centro da tática a ELEIÇÃO DE VEREADORES DO PT. Não podemos mais ficar ausentes da representação parlamentar na capital - o maior colégio eleitoral do Maranhão - projetando novos atores políticos essenciais à construção partidária.
Além da ELEIÇÃO DE VEREADORES, a COLIGAÇÃO eleva o PT à condição de um dos principais interlocutores junto aos outros partidos da base do governo Lula. Ao contrário da candidatura própria, que leva ao isolamento, a aliança dá ao PT plenas condições de participar ativamente do processo eleitoral na condição de PROTAGONISTA na chapa majoritária.
O PT tem NOMES EXPRESSIVOS para compor uma CHAPA COMPETITIVA de VEREADORES e conquistar vagas na Câmara. São companheiros e companheiras oriundos dos movimentos populares, sindicatos, instituições públicas, Universidades e nos mais diversos campos de atuação.
Não podemos ficar isolados com uma candidatura própria que só atende a interesses individualistas. É fundamental, ainda, construirmos uma aliança que tire o PT da área de influência do PSDB.
O nosso partido não pode funcionar com sublegenda dos tucanos. Somos um dos principais atores políticos de São Luís e precisamos agir com responsabilidade coletiva, pensando no crescimento e fortalecimento da legenda.
Vamos dialogar com outras forças partidárias e construir um programa de governo para a cidade, pautado na transparência administrativa, na participação popular e na inclusão social.
Essa é a tarefa urgente do PT. Vamos juntos, CONSTRUINDO UMA NOVA SÃO LUÍS! PT PRA VALER, COLIGAÇÃO PRA VENCER.
Sobre o amor
As fantasias cingem o amor quebrando os limites entre a verdade e a mentira; entre o real e o imaginário...
E eu pergunto: Por que amamos? Sempre faltam palavras para explicar o que sentimos. Por que somos amados? Imaginamos uma série de qualidades a serem ditas pelo amante, mas sempre somos surpreendidos, porque sempre somos amados por algo que nunca imaginamos.
A impossibilidade de saber tudo instiga o desejo de saber mais sobre esse afeto que nos remete a fazer loucuras, atos ridículos, desvairos, e que nos faz sentir ao mesmo tempo um misto de tristeza e alegria.
Marcela Barros, estudante de Jornalismo da Ufma - Imperatriz
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Barricada na termoelétrica
Capitaneado pelo milionário Eike Batista, em “consórcio” com o Governo do Estado, a instalação da termoelétrica já foi impugnada pelo Ministério Público, mas obteve liberação do Tribunal de Justiça, a pedido do Palácio dos Leões.
O movimento “Reage São Luís” também vai entrar na guerra, fundamentado nos argumentos jurídicos e ambientais que ajudaram a impedir a implantação do pólo siderúrgico nos arredores do Porto do Itaqui.
O advogado Guilherme Zagallo, diretor da OAB-MA e coordenador do movimento “Reage São Luís”, afirma que uma termoelétrica a carvão mineral de 350 MW de potência (com sinalização de ampliação para 720 MW) é uma fonte de energia suja, grande consumidora de água e com forte emissão de poluentes.
Avaliações preliminares acentuam que a termoelétrica é ainda mais poluente que a siderúrgica pretendida pela Vale em parceria com a multinacional chinesa Baosteel.
Na Assembléia Legislativa, a deputada Helena Heluy (PT) já anunciou disposição de debater e combater a termoelétrica.
“O nosso solo é frágil. Por isso que não pode haver essa termoelétrica na Ilha de São Luís. E é por esse solo frágil que o povo reagiu, e a siderúrgica da Vale e da Baosteel não foi instalada na Ilha. A siderúrgica não veio para cá e temos certeza e vamos lutar para que a termoelétrica não venha para a Ilha também”, anunciou a parlamentar.
Para fincar-se na ilha, a termoelétrica terá de passar por vários processos de licenciamento ambiental. Não vai ser fácil.
“Territórios da Cidadania” avança no Maranhão
A primeira oficina foi realizada no Baixo Parnaíba, envolvendo representantes do poder público e da sociedade civil.
“Cada entidade apresentou suas propostas nas áreas de organização sustentável da produção; ações fundiárias; educação e cultura; direitos e desenvolvimento social; saúde; saneamento e acesso à água; apoio à gestão territorial e infra-estrutura”, explica o delegado do MDA no Maranhão, Inácio Rodrigues, coordenador do programa.
Ações
Entre as ações deliberadas estão a criação da Farmácia Popular nas cidades de Tutóia e Brejo, criação do Centro de Especialização Odontológica em São Bernardo e construção de 41 casas populares em Santa Quitéria.
Oficinas
Nos dias 15 a 17 de abril a Oficina de Qualificação da Matriz será realizada, simultaneamente, no Território dos Cocais e do Vale do Itapecuru.
O Programa Territórios da Cidadania destinará em 2008 cerca de R$ 11,3 bilhões para 60 territórios do país com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e baixo dinamismo econômico.
Ao todo, são 135 ações de 19 ministérios para o desenvolvimento regional e garantia de direitos sociais, que beneficiará mais de dois milhões de famílias de agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas, de pescadores e de comunidades tradicionais.
No Maranhão, os investimentos do programa chegam a R$ 933 milhões, que serão destinados aos Territórios do Vale do Itapecuru, Baixo Parnaíba, Lençois/Munin e Cocais.
Os recursos serão destinados a ações de apoio a atividades produtivas, de cidadania e desenvolvimento social e à infra-estrutura.
(Com a Assessoria de Comunicação do MDA-MA)
Ser ou não ser (cassado)?
Do total de 33 votos até agora, 16 leitores acreditam que o governador será cassado e 17 acham que não.
Ainda faltam 14 dias para votar.
Freud explica!
O seminário é uma construção introdutória da Psicanálise, abordando os seguintes temas: fantasia e inconsciente; fantasia, real e realidade; real, simbólico e imaginário; amor, desejo e gozo; pulsão sexual e pulsão de morte.
Ao final do evento, será apresentada a conexão entre arte e fantasia a partir de algumas produções estéticas, em especial a obra do pintor norte-americano Edward Hopper.
Vagas limitadas. Mais informações pelo fone: (99) 3525-3562, com Cleidy.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Novo poema de Paulo Melo Sousa
eras evaporam
sob os calcanhares da certeza
existências perdidas suplicam de mãos dadas
gotejando
misteriosa fábula
o sumo da alegria
nas vértebras do nada
o olho que tudo vê espalha infindáveis enigmas
nas perseguidas interrogações
dos últimos nautas
ecos de luz
semeiam novíssimos sóis
no impalpável terreiro da imaginação
levanta
e anda
alma
ainda sonhas,
miserável?
estradas nunca terminam
paulo melo sousa
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Termoelétrica em debate
A audiência será realizada dia 18 de abril, às 9 horas, no Centro de Convenções do Sebrae. O empreendimento pretende instalar-se no Distrito Industrial de São Luís. Posteriormente, a termoelétrica será apreciada pelos deputados na Assembléia Legislativa.
domingo, 13 de abril de 2008
As cenas do domingo refletem com exatidão o palco democrático brasileiro. Não digo a democracia em sentido pleno, sociologicamente entendida, mas alguns traços da diversificada forma de viver do brasileiro.
A tolerância entre estilos tão distintos é uma dessas marcas. Basta observar as “tribos” desfilando pela cidade, cada qual com sua maneira de buscar realização e, quem sabe, felicidade.
São muito chamativos os evangélicos em mangas compridas, calças alinhadas e bíblia sempre debaixo do braço. E as evangélicas de cabelos longos, com os cachos bailando sobre as costas em meneios inigualáveis. Não há como não perceber um certo ar de mistério e sensualidade na pureza dessas moças tipicamente dominicais.
Os católicos também marcam presença, mais discretos, nas missas matinais e no começo da noite, seguidas de algazarras nos largos das igrejas depois do “ide em paz e que o Senhor vos acompanhe”
Do outro lado da avenida, nas calçadas mal cuidadas com bares improvisados, picapes imprudentes estrondam hits do momento. Homens de bermuda, sem camisa, tatuados, com bonés de bad boy e óculos escuros, urram feito uma horda de bárbaros ao som das bandas de forró, axé, funk e outras ridículas melodias repetitivas.
É como dizia minha amiga Lurdiane Mendes: os seres humanos estão doentes; uns, do corpo; outros, da alma. De fato, o domingo traduz um pouco essa máxima perspicaz. À gula e às orgias alcoólicas do final-de-semana, seguem-se aquelas promessas de começar uma dieta no dia seguinte.
Muitos, não conseguindo cumprir o prometido, convertem-se. E a cada dia surgem novas igrejas, ocupando as esquinas das antigas quitandas para vender promessas de prosperidade, felicidade, salvação etc.
As igrejas concorrem com os bares e as farmácias na tentativa de cura. Cada qual é um templo. E há ainda os outros templos, os da beleza, os salões agora batizados de coiffeur. Porque domingo sem cabeleireiro e manicure fica meio sem sentido. As mulheres recauchutam as extremidades do corpo para ficarem mais belas ou menos velhas, numa corrida danada contra o tempo.
Mas o domingo começa mesmo nos preparativos da praia, com sol, sal, suor e cerveja. É a prévia do futebol, principalmente quando há jogo do Flamengo. Quando toca foguete domingo à noite, ou é vitória rubro-negra ou festa de santo. Se fica silêncio depois do clássico, pode bater o martelo: o Flamengo perdeu. Parece coisa sagrada.
Adoro domingos, principalmente os ensolarados. Gosto de apreciar as torcidas organizadas assistindo aos jogos nos telões dos bares, tocando tambores e agitando bandeiras ao som do hino do clube preferido.
E assim seguem as vésperas das segundas-feiras, com beberrões, evangélicos, católicos e torcedores fervorosos. Coisas do Brasil democrático, plural e tolerante.
E como ontem foi sábado, recomendo a você a leitura do poema de Vinícius de Moraes, chamado “O dia da criação”, no site: http://secrel.com.br/jpoesia/vm3.html.
Tenha uma excelente semana.
sábado, 12 de abril de 2008
Articulação defende aliança
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Chapa petista defende apoio a Flavio Dino
O encontro vai debater a tática eleitoral do partido e decidir se os petistas vão coligar ou disputar a eleição com candidatura própria.
Intitulada “Esquerda unida muda São Luís”, a chapa é representada por Ana de Lourdes Marinho Bezerra, José Antônio Barros Heluy e Vânia Maria de França Rego. A deputada Helena Heluy integra a lista de 40 delegados da composição.
Em manifesto apresentado no ato de inscrição, os defensores da aliança com Flavio Dino classificam a tese da candidatura própria de “simplista e equivocada”. Criticam também os setores do PT que defendem aliança com o PDT.
“Em jogo, de um lado, estão interesses individualistas; de outro, uma simplista e equivocada avaliação de que uma candidatura do PT será suficiente para arrastar a militância, as camadas populares, os setores médios e outros partidos; e, ainda, há os que supõem que estaremos construindo o partido disponibilizando o nosso patrimônio ético e o tempo de rádio e televisão que temos com a máquina que, provavelmente, será utilizada, mais uma vez, nas próximas eleições”, enfatiza o texto.
A aliança com Flavio Dino ganha corpo também na tendência Articulação/Construindo uma nova São Luís, vitoriosa na eleição para o Diretório Municipal de São Luís.
Diversos integrantes da Articulação avaliam que a tese da candidatura própria vai colocar o PT no isolamento, sem condições de eleger sequer um vereador em São Luís. O caminho é a construção de um bloco de esquerda com o PC do B.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Nova enquete no blogue
Com essa pergunta inauguramos a nova enquete do blogue, sondando a opinião do leitor sobre a ação que o grupo Sarney move contra o governador, pedindo a cassação do seu mandato.
Na enquete anterior perguntamos se o governador Jackson Lago faria um acordo com os Sarney. Votaram 33 leitores. 19 disseram “sim” e 14 “não”.
A possibilidade de um acordo foi ventilada em vários meios de comunicação, com o seguinte cenário: o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB) seria o candidato a governador em 2010, com a chapa ao Senado formada por Roseana Sarney (PMDB) e Jackson Lago.
Eles já estiveram juntos em 2000, quando Lago foi reeleito prefeito de São Luís com o apoio da oligarquia Sarney. Jackson e Roseana tomaram champanhe juntos para brindar a vitória da aliança.
Flavio Dino apresenta programa de governo
Iniciativa do diretório municipal do PC do B, o evento será realizado nesta sexta, dia 11, das 17h30 às 19:30 horas, no auditório do Hotel Abeville.
MST relembra Eldorado de Carajás
Os sem terra coordenam a preparação do ato público em memória dos trabalhadores mortos no Massacre de Eldorado de Carajás, no Pará, ocorrido há 12 anos.
O ato será realizado dia 17 de abril, data do massacre. O MST também vai discutir a preparação de uma audiência pública, na Assembléia Legislativa do Maranhão, sobre carvoarias e agronegócio.
A reunião será realizada na secretaria do MST, na rua 7 de setembro, 62, Centro.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Entidades defendem palmeiras de babaçu
“A lei representa não só um retrocesso na legislação anterior, que proíbe expressamente a derrubada da palmeira em todo território maranhense (Lei nº. 4.734, de 18 de março de 1986 e Lei 7824/03), mas principalmente porque viola os direitos de mais de 100 mil famílias maranhenses que têm na atividade extrativista do babaçu sua principal fonte de sustentação”, enfatiza o texto.
Se for mantida, a lei vai ampliar a derrubada indiscriminada, o envenenamento por agrotóxico e as queimadas nos babaçuais. O coco do babaçu vem sendo utilizado também na produção de carvão para as siderúrgicas instaladas ao longo da Ferrovia Carajás.
O Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco (Miqcb), Fórum Carajás, Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos, Centro de Cultura Negra e o Fórum em Defesa do Baixo Parnaíba reivindicam ainda a regularização fundiária das áreas de extrativismo.
Para preencher o abaixo assinado, envie um e_mail ao Fórum Carajás:
forumcarajas@forumcarajas.org.br
terça-feira, 8 de abril de 2008
Comissão julga recursos no PT
O secretário de Comunicação Gleger Naime, o secretário de Organização Paulo Frateschi e o integrante da executiva nacional Jorge Coelho já ouviram os recursos dos municípios de Anapurus, Amarante, Barreirinhas e Araioses. As situações de Genipapo dos Vieiras e Bom Jardim serão apreciadas ainda hoje.
A vitória do grupo vinculado ao deputado estadual Domingos Dutra, eleito presidente do PT regional, é questionada pela chapa Construindo um Novo Maranhão, liderada pelo suplente de deputado federal Washington Luiz.
Caso os recursos da chapa Construindo um Novo Maranhão sejam acatados, a tendência Articulação Unidade na Luta terá uma vaga a mais na executiva estadual, abrindo caminho para construir a maioria na direção estadual.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Mobilização contra o trabalho escravo
A PEC foi aprovada no Senado em 2003 e em primeiro turno na Câmara, em 2004, mas enfrenta resistência da bancada ruralista consorciada principalmente no PSDB e no DEM.
Em março, movimentos sociais e parlamentares realizaram um ato público na Câmara para pressionar o parlamento e acelerar a tramitação da proposta. Para preencher o abaixo-assinado, clique no link abaixo:
http://www.reporterbrasil.org.br/abaixo-assinado.php
domingo, 6 de abril de 2008
O Bolívar brasileiro
Fora do agendamento midiático nacional, Requião faz um governo com viés de esquerda, caracterizado pela recuperação e fortalecimento das estatais, transparência administrativa e controle social, pagamento do salário mínimo acima do piso nacional e imposto zero para microempresas.
Entre outras medidas de impacto, o peemedebista paranaense recuperou a companhia elétrica (Copel), na qual disse ter investido 2 bilhões e 500 milhões de reais, colocando as tarifas de energia elétrica do Paraná entre as menores do país; reestruturou o Porto de Paranaguá, em vez de privatizá-lo; e declarou guerra aos pedágios e às empresas controladoras das estradas privatizadas – uma das heranças do ex-governador Jaime (UDR) Lerner (ex-PFL).
E não ficou nisso. Ele também abriu combate à introdução de sementes transgênicas no agronegócio e dá vigoroso impulso à agricultura familiar.
Na ferida
Assim, atiçou a ira não só a direita parlamentar e partidária, como também do Judiciário e da mídia sojeira. Essa, por motivos especiais.
Há um ano, o governo fez licitação para veicular a publicidade oficial na mídia impressa paranaense. Até então vigorava o monopólio dos grandes jornais na publicação dos anúncios oficiais, com preços elevados e esquemas viciados.
Com a licitação, a meta é baixar pela metade o valor do centímetro por coluna, parâmetro utilizado para calcular o espaço ocupado em uma página de jornal.
Além disso, o governo pretende pulverizar as verbas de publicidade e propaganda nos jornais regionais. E já enfrenta uma fortíssima reação dos antigos esquemas de captura dos recursos de divulgação.
O Tribunal de Contas do Paraná chegou a suspender a licitação do bolo publicitário e o edital teve de ser alterado para que o pregão possa ser aberto.
E tem mais. Requião também está censurado por decisão da Justiça Federal.
Censura
O governador presta contas dos seus atos na Escola de Governo do Paraná. As reuniões de trabalho são transmitidas ao vivo pela TV e Rádio Educativa, em um plenário com a participação de prefeitos, secretários, representantes dos movimentos sociais, parlamentares etc.
A Escola de Governo é um dos poucos espaços midiáticos disponíveis para Requião fazer o debate público e divulgar suas ações político-administrativas. Mas até na rede estatal foi cerceado.
Uma decisão da Justiça Federal estabeleceu censura prévia ao governador nos programas da Rádio e Televisão Educativa do Paraná. Requião está proibido de emitir opiniões na emissora.
O governador continua participando das transmissões, mas não pode rebater as acusações e denúncias da grande mídia e dos adversários, sob pena de multa ou cortes no áudio e nas imagens dos programas.
O cerco completa-se com as ingerências do agronegócio, dos empreiteiros viciados em esquemas de obras, do silêncio da mídia nacional e de grande parte dos setores progressistas no Brasil.
Outro detalhe: no Paraná o salário mínimo regional, praticado no sul do país, é de R$ 475,20. O salário mínimo nacional está fixado em R$ 415,00.
Taí um lugar ideal para um arrojado discurso de Hugo Chávez. No Maranhão, tanto Sarney quanto os tucanos - hegemônicos no governo Jackson Lago (PDT) - detestam a esquerda, a revolução bolivariana, a integração latino-americana, o MST e os pobres em geral.
Preferem a Alca, o agronegócio com transgênicos, a Daslu, Bush, Uribe, os editoriais da Folha de São Paulo e os comentários de Alexandre Garcia sobre Chávez e a política externa brasileira.
Fora as disputas paroquiais, Sarney e os tucanos maranhenses são tão iguais...