Movimentos
sindicais, sociais e partidos políticos realizam quinta-feira (31), às 16h, na
Praça de Fátima (Imperatriz), um Ato em Defesa da Democracia e da legitimidade
do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT). O ato faz parte das mobilizações
nacionais contrárias ao processo de impeachment, que para as instituições à
frente do movimento é uma tentativa de golpe.
Os
organizadores acreditam que depois de 1964 - quando foi instaurado o Golpe
Militar e o pais viveu uma ditadura por 21 anos - talvez seja esse um dos
momentos mais delicados da história política no Brasil. “Está sendo um
conduzido um processo de golpe. E eu sou contra porque o país já passou por uma
experiência semelhante a essa e os resultados foram catastróficos. Isso, seria,
no momento que a gente vive hoje, com as diversas conquistas no âmbito da
democracia e dos direitos sociais, isso seria um retrocesso dos maiores.
Precisamos fortalecer a nossa democracia, que ainda é frágil”, avalia o
professor Paulo Maciel.
O
professor acrescentou que inconformada com os avanços sociais, uma minoria
elitista quer, de todas as formas desmoralizar um dos maiores símbolos da
democracia brasileira, o voto, promovendo um golpe chamado de impeachment.
Nos
últimos anos o Brasil teve conquistas significativas. O salário mínimo teve
aumentos nunca vistos antes, os empregados domésticos passaram a ter 13º
salário e até 2014, mais de 1,5 milhão de jovens tiveram acesso à universidade
graças ao Prouni. Segundo estudo feito pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud), o pais melhorou o índice de desenvolvimento humano
(IDH) e alcançou a casa dos 0,744 pontos, em uma escala que vai de zero até um,
superando a média da América Latina.
Para o
presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) de Imperatriz, Jorge
Silva, são esses avanços dos menos favorecidos que incomodam as classes mais
privilegiadas. “A articulação do golpe, liderada por um grupo conservador, contraria
a essas e mais a uma série de conquistas históricas. Somos contra a qualquer
indício que vá contra a democracia, uma conquista do povo, que custou suor e
sangue de muitos brasileiros. Não há nada, um crime se quer, contra a
presidenta Dilma Rousseff para justificar a ações desesperadas da direita
corrupta”, defendeu. Ele afirma ainda que para promover o golpe para
desestabilizar o atual governo, são utilizadas a manipulação tendenciosa de
instituições jurídicas e midiáticas.