Na plenária serão discutidas propostas de mobilização visando às convenções partidárias, organização da pré-campanha e Diretrizes do Programa de Governo da candidatura de Flávio Dino a Prefeito de São Luís.
Jornalismo com artigos, reportagens, crônicas e notas sobre temas locais, nacionais e internacionais. Resenhas, dicas e outros toques...
sexta-feira, 30 de maio de 2008
PLENÁRIA
Na plenária serão discutidas propostas de mobilização visando às convenções partidárias, organização da pré-campanha e Diretrizes do Programa de Governo da candidatura de Flávio Dino a Prefeito de São Luís.
CONFERÊNCIA DEBATE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL
Para chegar à etapa estadual foram realizadas sete conferências territoriais no Vale do Itapecuru, Baixada, Cocais, Lençóis-Munim, Campos e Lagos, Baixo Parnaíba e Médio Mearim.
Dessas conferências foram escolhidos 350 representantes (50 de cada território), entre agricultores familiares, assentados da reforma agrária, professores, quilombolas, representantes de empreendimentos de economia solidária, de organizações não governamentais, extrativistas, mulheres quebradeiras de coco, assessores técnicos de órgãos públicos federais, estaduais e municipais.
Estes delegados que participam da etapa estadual vão eleger os representantes do Maranhão para a conferência nacional.
O delegado federal do MDA no Maranhão, Inácio Rodrigues, explica que a etapa estadual tem a participação do poder público e da sociedade civil na elaboração do plano nacional de desenvolvimento rural sustentável, orientando a implantação de políticas públicas no meio rural.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
O NOME DO SANTO
VIDIGAL E O BODE NA SALA
JOMAR DESFALCADO
“Já estamos colocando o bloco das estrelas nas ruas. Todos os dias temos atividades nos bairros, nas casas dos companheiros militantes e líderes comunitários”, informa o jornalista Marcos Franco, assessor da campanha petista.
A sede do PT também está aberta aos militantes e simpatizantes, na esquina das ruas Piauí com Benedito Leite, nos altos da Editora Ética.
Dia 31 de maio (sábado), às 9 horas, tem bandeiraço na praça de Fátima, centro de Imperatriz.
O PC do B e o PSB, partidos que formariam a Frente de Esquerda com o PT, estão mais próximos de fechar uma aliança com o tucano Sebastião Madeira.
O governador Jackson Lago (PDT) também prefere Madeira.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
RÁDIO INCENDIADA NO ENCRUZO
A JUF FM funciona desde 2002, após cerca de 12 anos de muitas batalhas jurídicas para regularizar a emissora. Com o incêndio, o prejuízo chega a R$ 15 mil.
À frente da emissora estão o professor Fernando Pereira e Indalécio Gago, militantes históricos do PT. Gago é pré-candidato a prefeito de Encruzo.
É provável que o incêndio tenha sido provocado por motivações políticas. Há várias situações semelhantes de depredação de rádios comunitárias em todo o país.
Em 1999, no município de Pirapemas (MA), o ex-deputado federal Eliseu Moura (PTB) e seus capangas invadiram armados o estudo da Rádio Comunitária Catedral e atiraram para todos os lados, ferindo duas pessoas.
O deputado pretendia reprimir denúncias veiculadas na rádio sobre a administração da prefeita Carmina Moura, sua esposa, acusada de desvio de verbas em Pirapemas.
CAÇA
Desde meados de maio uma gigantesca operação da Polícia Federal, com mandados judiciais, foi desencadeada em todo o país para tirar de funcionamento as rádios comunitárias sem autorização.
Operações do tipo são realizadas principalmente em momentos pré-eleitorais. Na maioria das vezes as rádios lacradas são vinculadas aos movimentos populares, enquanto as emissoras mantidas por prefeitos ficam imunes à fiscalização.
No capítulo da democratização da comunicação, o governo Lula está bem pior que a Era FHC.
LIDERANÇAS PRESTIGIAM OS 40 ANOS DE FERNANDO SILVA
A festa reuniu centenas de amigos e companheiros de militância, na sede do MAC, na Cohama.
Fernando Silva ficou muito emocionado com a demonstração de carinho e apoio que recebeu de familiares, amigos e companheiros de militância social e política.
Entre os convidados estavam o deputado federal e pré-candidato a prefeito de São Luís, Flávio Dino, a deputada estadual Helena Heluy, do assessor da presidência da República, Washington Oliveira, e Raimundo Monteiro, ex-superintendente regional do Incra.
Fernando Silva recebeu ainda homenagens do professor José Costa, diretor de Cefet-MA, dos jornalistas Ed Wilson Araújo e Kleber Gomes e dos presidentes do PCdoB, Márcio Jerry e do PT, Fernando Magalhães.
“Recordo-me do papel fundamental que o Fernando Silva desempenhou na construção do Grêmio Estudantil do Cefet e em seguida no processo de reconstrução da Umes, onde ele acabou por ser presidente”, disse Costa.
O deputado FlávioDino destacou a trajetória de Fernando Silva desde os tempos de militância no movimento estudantil e da juventude. O parlamentar enfatizou o papel importante que o homenageado tem desempenhado como dirigente do PT na capital maranhense.
A deputada Helena Heluy também destacou a importância de Fernando Silva como dirigente e militante político-partidário. “A trajetória de vida e política de Fernando Silva está vinculada a causas democráticas e de defesa do interesses das camadas excluídas de nosso estado. O Fernando é um grande companheiro de lutas”, afirmou a parlamentar petista.
Prestigiaram a homenagem ao vice-presidente do PT, os pastores evangélicos Reinaldo Bezerra, Edenilson, José Luís, Marcos Adriano, Carlos Sérgio, Graça Soares e Silvia Bezerra que abençoaram a sua vida, sua família e seus amigos.
terça-feira, 27 de maio de 2008
PT x PSDB: A GRANDE DIFERENÇA
No final da Era FHC, assistíamos ao desmonte de empresas estratégicas para um projeto autônomo de desenvolvimento.
Depois de privatizar a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em circunstâncias lesivas aos interesses nacionais, FHC começou a vender a Petrobras em partes.
Nesse percurso, o Brasil entregava ao capital internacional as riquezas do subsolo e uma das principais matrizes energéticas – o petróleo.
Cenas como a perda da plataforma P-36, uma das mais importantes do país, chocavam a população. O patrimônio nacional ia, literalmente, por água abaixo.
Com a vitória de Lula, a Petrobras foi revitalizada. Os investimentos em pesquisa e o fortalecimento da empresa levaram às novas descobertas de campos de petróleo e gás natural.
Fruto da concepção de um projeto nacional de desenvolvimento, a Petrobras é hoje uma das maiores empresas do mundo.
As novas descobertas de petróleo e gás vão dar ao Brasil autonomia energética. Somam-se a esses fatores os investimentos em biodiesel, tornando o Brasil um dos maiores produtores mundiais de energia “limpa”.
Essa independência é fundamental para um posicionamento ativo do nosso país na geopolítica internacional.
Além disso, o governo Lula abriu diálogo e costurou frentes de comércio internacional com a Ásia, o Oriente Médio e a África, proporcionando novos mercados.
Quebrou-se a dependência comercial fechada ao circuito Europa-Estados Unidos.
Simultaneamente, o Brasil articula a unidade dos países latino-americanos. Política e comercialmente, o bloco dos países em desenvolvimento é essencial a uma nova configuração econômica internacional.
Investindo na macropolítica, o governo está criando as condições para resolver os problemas internos.
Os programas assistencialistas foram essenciais até hoje, distribuindo renda, aquecendo a microeconomia nos grotões do país.
Ao investir em infra-estrutura e marchar firme em um projeto sólido de desenvolvimento, o governo retomou o crescimento, ampliou o número de trabalhadores com carteira assinada, controlou a inflação e segue em frente.
A autonomia e a independência nacionais foram reafirmadas ontem, com a declaração do presidente Lula: “A Amazônia tem dono... é do povo brasileiro”, disse, rebatendo as interpretações imperialistas da mídia internacional sobre a soberania na floresta.
Essa é a questão fundamental. Há um governo do PT e das forças democráticas no comando. Fosse um projeto demo-tucano, o Brasil já teria ido a pique.
De velas içadas, vento forte, seguimos à esquerda.
PLENÁRIA
O PC do B e o PT realizam plenária popular e sindical dia 30 de maio (sexta), às 18 horas, no Sindicato dos Bancários.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
MAIORIA REJEITA TERMELÉTRICA NA ILHA
FOI DITO...
frase do presidente Lula, sobre as interpretações da mídia internacional acerca da soberania na floresta.
domingo, 25 de maio de 2008
DRUMMOND SENTINDO O MUNDO
Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.
Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.
Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.
Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desfiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microscopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados
ao amanhecer
esse amanhecer
mais noite que a noite.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, 24 de maio de 2008
OS OLHOS DO MUNDO
"Antropológico":
Favoritismo no Cefet
Três candidatos disputam a eleição, que será realizada dia 5 de junho.
Embalado pelas consistentes melhorias na administração do Cefet, além da ampliação das unidades em todo o Maranhão, José Costa é favorito na disputa.
terça-feira, 20 de maio de 2008
TURISMO E CULTURA POPULAR: SUGESTÕES PARA SÃO LUÍS
Especialistas em cultura popular, cultos afro-brasileiros, estudantes e profissionais de Turismo dialogam sobre as potencialidades dos festejos religiosos e outras manifestações culturais na atividade turística.
O titular do blogue acompanhou os debates na tarde de hoje, ressaltando a importância dos festejos sagrados e profanos no interior da ilha de São Luís.
Enfatizou a necessidade de uma melhor infra-estrutura para receber os visitantes, associando as festas a uma rede de economia solidária local.
Além das festividades, o interior da ilha é rico em frutas típicas, doces, produção agrícola familiar, culinária regional e ambientes para trilhas ecológicas que precisam de impulso do poder público.
Em Rio dos Cachorros, Taim, Limoeiro e Porto Grande – comunidades localizadas na área pretendida para a instalação do pólo siderúrgico da Vale – há um roteiro de festas religiosas o ano inteiro. Tem até escola de samba.
É preciso dialogar mais com os especialistas na área e com os produtores culturais das comunidades.
E, a partir do diálogo, formular políticas tentando associar os roteiros turísticos às manifestações artístico-religiosas, objetivando também a geração de oportunidades à população.
É possível gerar emprego e renda na zona rural, a partir de uma política articulada entre turismo, cultura e agricultura familiar, oferecendo aos visitantes as festas e a culinária nos espaços bucólicos da ilha.
Com a construção do aeroporto em Parnaíba, os roteiros turísticos internacionais tendem a concentrar os pacotes diretamente ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (Barreirinhas e arredores).
O roteiro para São Luís há muito está focado somente na área da Praia Grande, estendendo-se no máximo a Alcântara.
É preciso ampliar as rotas turísticas na ilha, oferecendo novos atrativos aos visitantes e oportunidades aos moradores da zona rural.
SESSÃO SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O objetivo da sessão especial é permitir aos parlamentares, autoridades e movimentos sociais conhecerem as ações e atividades da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, instituída pelo Decreto 6.040, de 7 de fevereiro de 2007.
Para a deputada, a sessão especial aprofundará o entendimento sobre os territórios tradicionais - espaços necessários à reprodução cultural, social e econômica dos povos e comunidades tradicionais -, e sobre o desenvolvimento sustentável, que se baseia no uso equilibrado dos recursos naturais com vistas à melhoria da qualidade de vida das gerações presente futuras.
O CUPUAÇU É NOSSO
Segundo reportagem da Agência Brasil, a determinação está prevista na lei número 11.675, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (20).
A patente do cupuaçu era questionada pelo Brasil no exterior.
A árvore do cupuaçu, o cupuazeiro, é nativa da Região Amazônica, em particular do nordeste do Maranhão.
Um dos principais produtos dessa fruta é o chocolate de cupuaçu, que já pode ser encontrado em diversas capitais do país e começa a ser exportado, de acordo com a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO).
segunda-feira, 19 de maio de 2008
VIDIGAL SAI DA SOMBRA
Almeida derrotou o deputado federal Ribamar Alves, acusado de ditadura na legenda. Vidigal seria uma das vítimas do “modo Alves” de gerenciar o PSB.
Uma das candidaturas responsáveis pelo segundo turno na eleição de 2006, que levou à vitória de Jackson Lago (PDT), Vidigal foi contemplado com a Secretaria de Segurança Cidadã.
Porém, a gestão de Eurídice Vidigal é bombardeada dentro do próprio governo. Sentindo-se alijado na Frente de Libertação, o ex-ministro começou a escrever crônicas maledicentes no Jornal Pequeno, criticando os próprios libertadores.
O ápice de descontentamento de Vidigal com o governo manifestou-se no artigo intitulado “Velho escroto”. O adjetivo é direcionado ao governador Jackson Lago e ganhou asas no jargão da política maranhense.
Com José Antonio Almeida no comando do PSB, Vidigal avança no principal espaço da política tradicional: o controle da máquina partidária.
Sem dominar uma legenda, dificilmente Vidigal vai conseguir viabilizar-se eleitoralmente no Maranhão.
Certa vez, ao encontrar com um petista emergente no aeroporto, o ex-ministro do STJ reclamava-se das dificuldades na vida política. Dizia ter entrado pela porta errada: “Em vez de tribunal, eu devia ter era um partido político”, proclamou saltitante.
domingo, 18 de maio de 2008
DILMA & MARINA
O conflito entre as duas traduz um dilema sobre o projeto de desenvolvimento do Brasil. Por um lado, o país precisa investir em infra-estrutura. É uma necessidade real para a retomada do crescimento econômico.
As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) compõem o eixo da retomada e da sucessão de Lula. São a alavancagem da candidatura de Dilma Roussef.
Por outro, a ministra Marina Silva era um obstáculo ou punha questionamentos à arrancada para colocar o Brasil em situação mais confortável junto ao mercado internacional.
sábado, 17 de maio de 2008
JUVENTUDE PETISTA REALIZA CONGRESSO
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Jackson diminui patrimônio
Desde que foi prefeito de São Luís pela primeira vez, há 20 anos, Lago vinha repetindo que todo o seu patrimônio era um apartamento e uma caminhonete comprada em 36 prestações.
“Não tenho apego a coisas materiais”, declarou o governador, numa espécie de sermão aos peixes do rio Tocantins.
Jackson sinaliza para Madeira em Imperatriz
Outros tucanos brilharam na visita de Jackson Lago. A Secretária de Cidades, Telma Pinheiro, e o deputado federal Roberto Rocha, presidente estadual do PSDB, acompanharam a comitiva oficial até a avenida Beira-Rio, onde o governador assinou os protocolos de licitação para construir o Mercado do Peixe.
O pré-candidato a prefeito pelo PT, Jomar Fernandes, recepcionou Lago no aeroporto, mas não participou da cerimônia na Beira-Rio. Apenas militantes petistas agitaram bandeiras.
Antes da Beira-Rio, o governador supervisionou a construção da ponte sobre o Rio Tocantins.
A Secretária de Cidades, Telma Pinheiro, e os deputados federais Roberto Rocha e Sebastião Madeira acompanharam o governador em todos os momentos.
Jomar Fernandes tenta costurar uma aliança de esquerda, envolvendo PT, PSB e PC do B, tendo Carlinhos Amorim (PSB) candidato a vice.
Madeira tentou atrair os petistas para uma grande frente anti-Ildon Marques (PMDB), atual prefeito, mas a idéia não vingou.
Mesmo a frente esquerdista liderada por Fernandes corre o risco de não ser construída, porque o PC do B começa a dar sinais de que vai apoiar o deputado Sebastião Madeira, isolando a candidatura do petista.
Enquanto a oposição se mexe, Ildon Marques, ligado ao grupo Sarney, prepara-se para a campanha.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
ESCOLAS RURAIS NOS TERRITÓRIOS DA CIDADANIA
O Ministério da Educação (MEC) vai destinar recursos financeiros para a construção de unidades escolares rurais em 358 municípios que fazem parte dos Territórios da Cidadania, ação governamental de combate à pobreza no meio rural.
No Maranhão, 55 municípios são localizados em quatro territórios: Cocais, Baixo Parnaíba, Lençóis Maranhenses e Vale do Itapecuru.
Os prefeitos têm que enviar os projetos para a construção dessas novas escolas até o dia 30 de maio, prazo permitido pela legislação eleitoral para empenho dos recursos. De acordo com o MEC, a documentação enviada em data posterior será igualmente analisada, mas com possibilidade de atendimento somente após as eleições municipais deste ano.
Ricardo Costa Gonçalves (com informações do MEC)
A ILHA QUE QUEREMOS
Ao longo de mais de treze anos este espaço vem sendo ocupado, colocando na pauta de discussões, de tempos em tempos, a dramática questão do inchaço urbano sofrido por São Luís do Maranhão a partir do momento em que políticos iluminados decidiram que a ilha possuía vocação industrial.
Desde o final da década de setenta do século passado, acordos fechados na calada da noite foram aos poucos permitindo que indústrias pesadas, multinacionais de grande porte, combatidas nos seus países de origem devido ao alto grau de poluição que provocam, tivessem carta branca para aqui fincar suas garras.
Os ecossistemas insulares são os mais frágeis que existem e, portanto, naturalmente avessos à implantação de indústrias de grande porte, mas as admoestações dos técnicos de nada serviram e as canetadas dos politiqueiros ficaram céleres.
Poucos cidadãos bem informados desconhecem que a permissividade política ao avanço industrial provocou deslocamento de famílias da zona rural do município, disseminou a praga do desmatamento, trouxe dos intestinos das fábricas o lançamento de gases tóxicos na atmosfera, sem que a relação custo-benefício trouxesse reais melhorias da condição de vida da população.
Pelo contrário, a industrialização espalhou além dos limites da ilha a miragem do emprego fácil, de melhores condições de vida para uma população rural carente e desinformada.
Muita gente se transferiu para São Luís e a herança maligna desse fluxo migratório originou um espantoso aumento populacional nunca antes verificado por estas paragens.
Basta que se saiba que, em 1975, a capital maranhense possuía 250 mil habitantes e que, hoje, já atingiu, com certeza, extra-oficialmente, a espantosa marca de 1 milhão de habitantes.
Tal crescimento exponencial da população em apenas 33 anos colocou na mesa do cidadão de São Luís vários pratos indigestos, dentre os quais é possível enumerar, na rabeira das invasões de terras que deram origem a bairros sem infra-estrutura:
Em suma, todos esses problemas causaram diminuição da qualidade de vida. Neste momento, repetindo erros passados, algumas lideranças pretensamente iluminadas tentam empurrar pela goela da população dois projetos de grande porte, altamente poluidores, um pólo siderúrgico e uma termelétrica.
A intenção é instalar tais empreendimentos em áreas do Limoeiro, Vila Maranhão e adjacências, em locais considerados de preservação (licenciamento ambiental da fábrica de EIA-RIMAS está sendo questionado pelo Ministério Público).
Todos esses problemas, além de dezenas de outros que poderíamos aqui enumerar, serão herdados pelo futuro prefeito de São Luís.
A discussão dessa problemática já está na pauta de alguns pré-candidatos que estão dispostos a colocar na mesa de negociações, de forma séria como o tema exige, todo esse complexo debate.
Tal intenção já delineia o perfil arrojado de algumas novas lideranças, em detrimento de outras, já cansadas ou detentores de idéias superadas ou comprometidas com o aumento da destruição da ilha, lideranças gastas e que ainda tentam se sustentar com um discurso antiquado e distante de uma visão mais ampliada de todo esse processo.
A solução viável é simplesmente instalar no continente todas essas indústrias poluidoras, estimulando ainda a oferta de empregos aos moradores da ilha em tais pólos, pensando-se em diminuir a pressão da explosão demográfica em São Luís, e contendo na base a migração para a capital maranhense.
Dessa forma, serviços ora deficientes, tais como coleta de lixo, transporte, segurança pública e moradia poderiam ser oferecidos sem o excesso das queixas ora verificadas.
A idéia de progresso que os políticos tradicionais do Maranhão ainda carregam na bagagem deve ser enterrada com urgência.
Não existe progresso sem qualidade de vida, e um prefeito que venha, de fato, merecer tal designação, não poderá se furtar a essa transparente evidência dos fatos, sob pena de se tornar omisso diante dos anseios de seu povo e de ser mais um títere dos interesses predatórios das multinacionais.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Navalha pegou todo mundo
Todos sofrerão um enorme desgaste, a começar do ex-governador José Reinaldo, que não tem mais como sustentar sua pré-candidatura a prefeito de São Luís.
Mas Jackson Lago e seus parceiros vão protelando, até o fim do mandato em 2010.
Ajustes no blogue
Ed Wilson Araújo
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Liga com Lula
Esse ingrediente impulsiona a pré-candidatura do deputado federal Flavio Dino (PC do B), apoiado pelo PT. A aliança partidária entre comunistas e petistas acompanha Lula desde 1989.
Nesse capítulo, o pré-candidato que lidera as pesquisas, João Castelo (PSDB), é o mais nobre representante do anti-lulismo no Maranhão. Tucano dos mais reacionários, Castelo tem ojeriza a operário no poder.
200 anos da Imprensa
sábado, 10 de maio de 2008
Reinaldo é balão de ensaio
O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) não será candidato a prefeito de São Luís por vários motivos.
Primeiro: é muito provável que ele seja denunciado no STF, fruto das investigações da Operação Navalha. Se a denúncia vier no meio ou no final da campanha, vai ser um estrago.
Segundo: dificilmente os partidos que compuseram a chamada Frente de Libertação, em 2006, vão abrir mão de seus projetos próprios em 2008.
Partidos como o PC do B e o PT, por exemplo, pensam em casamento duradouro para além de 2010.
Terceiro: a idéia da candidatura de José Reinaldo é gestada pelo PSDB (Roberto Rocha) e por uma parte do PT (Domingos Dutra) para rifar dois nomes em ascensão: João Castelo e Flavio Dino (PC do B).
Quarto: O governador Jackson Lago não vai atender aos apelos de Roberto Rocha, apostando em uma candidatura de alto risco (José Reinaldo), tendo a chance de apoiar João Castelo (PSDB) liderando as pesquisas.
Em síntese, a reunião de sexta-feira à noite serviu mais para acalmar os ânimos e acertar o jogo, combinando um pacto de não agressão entre os ex-frentistas.
O governador Jackson Lago precisa transparecer um conceito de líder e coordenador da sucessão no maior colégio eleitoral do Maranhão, tentando costurar a unidade.
Está fazendo seu papel, ouvindo os aliados, mas sem conseguir juntar em um só nome as forças que o elegeram em 2006.
Boa proposta para desafogar o trânsito
A idéia de Fernandes, com a transferência, é diminuir a circulação de caminhões que percorrem diariamente o eixo Guajajaras-Jerônimo de Albuquerque transportando hortifrutigranjeiros para o Cohafuma.
O trânsito de São Luís não tem mais como suportar um intenso tráfego de caminhões em um dos trechos viários mais críticos da cidade, já próximo ao Elevado do Trabalhador, no Calhau.
Adiciono à proposta do deputado a definição de uma política agrícola municipal, com o fortalecimento da Secretaria de Agricultura de São Luís, estimulando a zona rural da ilha a produzir frutas, verduras e hortaliças e ter a oportunidade de oferecer a produção tanto nas feiras livres quanto na Cohortifrut.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Café filosófico debate educação
Baixa na Band Imperatriz
quarta-feira, 7 de maio de 2008
A cidade que queremos, por Helio Costa
“Esta é a cidade que queremos, com as indústrias poluentes e de grande porte fora da ilha. E essa exigência não se prende ao romantismo ecológico.
Além dos pontos que foram bem destacados em seu texto, no que se refere aos impactos relacionados com a elevada taxa demográfica, que liquida com qualquer pretensão de se contar com serviços públicos que atendam dignamente a demanda por saúde, segurança, habitação e transportes, há ainda a segurança ambiental, que é bem maior no continente, ligada às características geológicas da vasta região ao sul de Perizes, onde o solo dispõe de maior defesa geoquímica para atenuação dos efeitos do lançamento de poluentes em lagoas de rejeito industrial, e de outras fontes como pilhas de carvão mineral.
Na ilha de São Luís os solos do Terciário têm componentes minerais com baixíssima capacidade geoquímica de amortecimento da poluição, além de serem naturalmente ácidos.
Com essa característica, qualquer adição de acidez, como a que é promovida por atividade industrial pesada, irá aumentar ainda mais a acidez dos solos.
Isso será catastrófico para o nosso manancial subterrâneo, que atende praticamente 50% da demanda por abastecimento de água na capital, e para as indústrias de bebidas e de alimentos, uma vez que a recarga dos mananciais se dá pela infiltração de água de chuva
através desses solos.
São argumentos que fogem da compreensão dos políticos profissionais e amadores.”
Helio Costa, e_mail: helioatsoc@hotmail.com
Defensoria age contra termelétrica no Ceará
O motivo é o uso do carvão mineral para a geração de energia, combustível fóssil poluente que ajuda a provocar o aumento do aquecimento global.
A usina é mais um empreendimento do milionário Eike Batista, do grupo MPX, o mesmo que pretende instalar uma termelétrica na área Itaqui-Bacanga,
A reportagem completa, de Kamila Fernandes, da Agência Folha, está disponível nos links:
Grilagem no Cerrado e Baixo Parnaíba
FÓRUM DENUNCIA NOVA GRILAGEM NO CERRADO E BAIXO PARNAÍBA
* Financiamento vem do Banco Mundial
* Sojeiros e algodoeiros serão beneficiados
O IFC (International Finance Corporation), braço financeiro do Banco Mundial, emprestará US$ 40 milhões de reais para o grupo SLC, empresa que planta soja e algodão nos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia e Maranhão.
O empréstimo destina-se à compra de terras por parte da SLC em todo o Brasil. O IFC apresenta-se como uma instituição que "promove o investimento em projetos sustentáveis do setor privado em países em desenvolvimento, como uma maneira de reduzir a pobreza e melhorar as condições de vida de suas populações."
No caso do empréstimo do IFC à SLC, o Fórum Carajás e as suas instituições parceiras se espantam com a falta de transparência do banco, que em nenhum momento buscou diálogo com as organizações locais e regionais que atuam nas regiões do Maranhão onde provavelmente a empresa fará ofertas: Cerrado Sul-Maranhense e Baixo Parnaíba.
Acaso o IFC providenciasse o mínimo de abertura com as organizações para informá-las a respeito do empréstimo, seria bem informada que a SLC, pelo menos no Baixo Parnaíba, é marcada por inúmeras irregularidades na aquisição de mais 11 mil hectares da fazenda Palmeira, nos municípios de Buriti de Inácia Vaz e Mata Roma.
A propósito, o Fórum Carajás teve acesso a documentos que comprovam que boa parte da propriedade da fazenda do grupo SLC está assentada em terra pública que foi grilada no ano de 2002 com as anuências do cartório do município de Buriti e do escritório regional do Ibama, então sob responsabilidade de Antônio Moisés, indicação do grupo Sarney
Para comprovar a veracidade da denúncia na Gleba F foi autorizado o desmatamento de todos os seus
Outra denúncia diz respeito ao aterramento da nascente do riacho Estrela, tributário do rio Munim, conforme relatos de moradores da região.
Os moradores relatam ainda a morte de trabalhadores que manuseavam agrotóxicos.
Onde está a sustentabilidade apregoada pelo IFC?
É necessário que o banco se informe melhor sobre o requerente e sobre as áreas onde eles atuam.
Fonte: Secretaria Executiva do Fórum Carajás
terça-feira, 6 de maio de 2008
Carlos Agostinho comenta texto
A implantação de projetos minero-metalúrgicos (leia-se poluição e mão-de-obra menos qualificada) nos países da periferia é coisa já acertada desde antes do Consenso de Washington, apenas sentimos somente agora o seu peso no âmbito local. Os grupos organizados podem pouco nessa relação, mas as questões sociais e ambientais devem estar na ordem-do-dia de quem se dispõe a debater a questão.
Sobre a ilha, embora saiba que já tratas disso há tempos, será sempre bom lembrar da fragilidade do solo (e dos poucos recursos hídricos) tanto para mais empreendimentos industriais quanto para produção agrícola em larga escala. Parece que o consórcio de pequenos produtores (mas com assistência técnica e tecnológica) é o formato ideal, inclusive para o abastecimento da demanda crescente por alimentos na capital.
Contador de acessos zerou de novo
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Soluções para a ilha podem estar no continente
A opção dos candidatos a Prefeito vai revelar também o viés programático dos grupos políticos que pretendem administrar a cidade.
São Luís, pela localização geográfica do Porto do Itaqui, é o desaguadouro dos grandes projetos de modernização conservadora implantados desde meados da década de 1960, focados principalmente na Alumar e na Vale do Rio Doce.
As condições de atracagem do porto, sua localização geográfica e a ligação com o centro do país através da Ferrovia Norte-Sul vão amplificar os interesses internacionais para localizar em São Luís os novos focos produtivos nas áreas de siderurgia e produção energética à base de carvão mineral.
A região privilegiada e cobiçada para a instalação de novos projetos está na área do retro-porto, na zona rural de São Luís, no conglomerado que vai da Vila Maranhão até o Maracanã, incluindo os centenários sítios de Rio dos Cachorros, Taim, Limoeiro etc. São cerca de 15 vilas rurais onde moram centenas de famílias.
Ocorre ainda que a ilha está sendo pressionada pelo avanço da soja no continente, já no Baixo Parnaíba, desalojando populações tradicionais para a capital ou para as periferias das cidades menores nos vales do Itapecuru e do Parnaíba.
Se persistir essa corrida modernizadora, sem o devido controle e manejo de áreas estratégicas, haverá um estrangulamento da cidade de São Luís. Tanto pelas condições ambientais quanto pela demanda de serviços cuja tendência é crescer com os deslocamentos populacionais.
Para enfrentar esses problemas há pelo menos uma alternativa em curso. A duplicação da BR-135 deve estar associada à implantação de um parque industrial no continente, consorciado entre as prefeituras abrangidas pelos empreendimentos.
Os investimentos pesados como pólo siderúrgico e indústria termelétrica devem sim ser instalados no Maranhão, mas localizados no continente, em áreas de baixa densidade demográfica, onde possa ser construída uma cidade industrial com infra-estrutura capaz de receber os novos empreendimentos e os trabalhadores.
Mesmo localizados fora da ilha, esses empreendimentos devem passar por um rigoroso controle ambiental e social.
Tanto a soja quanto o minério de ferro e a produção de energia são essenciais para o impulso na balança comercial e o desenvolvimento do país. Não podemos abrir mão do desenvolvimento, mas não devemos sacrificar nosso patrimônio ambiental e social, deixando-o à mercê dos interesses únicos do capital internacional.
A área rural nas cercanias do Porto do Itaqui até o Maracanã deve ser convocada a participar de um projeto produtivo, observando as suas vocações agrícola, pesqueira, extrativista, turística e religiosa.
Não podemos também, sob o argumento da defesa do meio ambiente, criar um protecionismo absoluto à zona rural. As comunidades precisam produzir e integrar uma política agrícola do município de São Luís.
Resgatar as experiências dos consórcios intermunicipais, aperfeiçoá-las e estendê-las a novas regiões é um desafio do próximo Prefeito de São Luís.
Porém, isso só não basta. O Maranhão como um todo precisa de um projeto de desenvolvimento. São Luís pode ser o farol, mas precisamos sobretudo de vontade política e programa de governo para efetivamente mudar o Maranhão para melhor.
domingo, 4 de maio de 2008
Kenard nomeia
sábado, 3 de maio de 2008
Enquete aponta maioria contra a cassação
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Boa largada
Circularam nos salões da AABB, ontem à noite, lideranças populares, magistrados, sindicalistas, profissionais de várias categorias e muita gente que faz política diariamente.
A geração dos anos 80 do movimento estudantil parece ter retomado o encanto. Gente que não se via há 20 anos estava na festa, mostrando entusiasmo com a possibilidade de um novo rumo para São Luís.
Falta agora combinar com o povo e colocar a campanha na rua, quando a legislação permitir.
Jomar costura frente em Imperatriz
Os petistas costuram uma aliança com o PC do B e o PSB, que deve apresentar o nome de Carlinhos Amorim para vice-prefeito. Petistas e socialistas assinaram um protocolo de intenções, mas a aliança ainda não está acertada.
A frente de esquerda em Imperatriz é a alternativa ao continuísmo de Ildon Marques (PMDB) e o conservadorismo de Sebastião Madeira (PSDB).
Hegemônicos no Governo do Estado, os tucanos tentam capturar o segundo colégio eleitoral do Maranhão com o apoio do governador Jackson Lago.
Madeira carrega o estigma de já ter perdido três eleições para prefeito de Imperatriz. Seu parceiro de partido, João Castelo, já perdeu sete eleições majoritárias e deve tentar uma nova eleição para prefeito de São Luís.
Primo - Entre os pré-candidatos a vereador pelo PT, destaca-se Primo (Joselito dos Santos Silva). Ex-vereador em Candeias (BA) e em São Miguel (TO), faz um trabalho silencioso, mas consistente, para conquistar uma vaga na Câmara de Imperatriz.
Primo é um dos poucos brasileiros que já abraçou Lula duas vezes. A primeira na Caravana da Cidadania, nos anos 90, quando Lula cruzava o rio Tocantins e Primo vendia picolé na balsa (foto).
A segunda com Lula reeleito presidente, em visita à Ufma de Imperatriz. Recentemente, Primo lançou um abaixo-assinado para solicitar a implantação do Fórum de Segurança Pública de Imperatriz, espaço de debates e formulação de propostas para combater a violência na região tocantina.