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sábado, 31 de outubro de 2015

TAPUMES NA PRAÇA VALDELINO CÉCIO ATRAEM VIOLÊNCIA À PRAIA GRANDE

Atraso na obra foi justificada pela Subprefeitura do Centro Histórico
Tapumes estreitaram o trecho do Beco da Pacotilha entre as ruas do Giz e da Estrela
O empresário italiano Alessandro Bruge, proprietário da La Pizzeria e da pousada Portas da Amazônia, na Praia Grande (Reviver), foi assaltado por volta das 20h30, na esquina da rua do Giz com o Beco da Pacotilha. Durante o assalto, dia 21/out, o empresário sofreu agressões e chegou a usar muletas na sua recuperação. Bruge foi mais uma vítima dos constantes assaltos praticados no cruzamento das duas vias, margeando a praça Valdelino Cécio, isolada com tapumes desde junho/2015, para uma reforma que parou no início. 

Segundo o subprefeito do Centro Histórico, o turismólogo Fábio Henrique Farias Carvalho, a reforma foi interrompida porque havia indícios de desmoronamento de uma parte da estrutura da praça Valdelino Cécio sobre a contígua praça Nauro Machado. Para dar continuidade à obra, será necessário fazer uma muralha de contenção, a fim de garantir a qualidade do serviço. 

Os tapumes da praça criaram um ambiente ideal para assaltos no Beco da Pacotilha, porque estreitaram a via em um trecho sem policiamento fixo. “Fizeram uma armadilha para nós”, ilustrou Francisco das Chagas Oliveira Rego, proprietário do restaurante Dom Francisco, na rua do Giz, que já presenciou diversos assaltos no local. Pelo corredor dos tapumes no Beco da Pacotilha passam turistas, funcionários públicos e de restaurantes, estudantes da Aliança Francesa, comerciários e moradores que fazem o trajeto rua Grande/Terminal da Praia Grande. "Seis horas da tarde os malandros se concentram no corredor de tapume e assaltam quem vem da rua Grande para o terminal. Pelo menos nesse horário, deveria haver policiais", afirmou um comerciante que preferiu não se identificar.

O cyber Praia Grande, no Beco da Pacotilha, é um dos estabelecimentos mais prejudicados com os tapumes. Grávida de oito meses, a proprietária Daiane Oliveira disse que os clientes desapareceram desde que a praça Valdelino Cécio foi cercada. O cyber funcionava diariamente até 21 horas. Agora, fecha por volta das 18 horas por causa da falta de segurança. Espaço importante para atender aos turistas que precisam de serviços de impressão e internet, o empreendimento pode até falir. “O movimento caiu uns 50 por cento. Quem passa pelo corredor fica sem saída. O movimento aqui morreu. Vamos fechar as portas, pois estamos apenas pagando aluguel e energia sem retorno", lamentou Daiane Oliveira.

Área interna da praça, cercada pelos tapumes,
virou abrigo para assaltantes e traficantes
Se do lado de fora é perigoso, a área interna aos tapumes serve de abrigo para os assaltantes e usuários de drogas. "A Prefeitura colocou os tapumes e nem comunicou os moradores e empresários da área", denunciou a cabeleireira Rosalina Oliveira. Ela mantém um salão no Beco da Pacotilha, colado ao cyber e de frente à praça. Acuado pelos tapumes, o empreendimento especializado no estilo afrohair tem clientes de vários bairros de São Luís e atende turistas também. Além do problema da violência, a reforma não iniciada na praça teve outras críticas. "Uma amiga mineira, que gosta de São Luís, reclamou que as árvores da praça foram tiradas sem justificativa”, observou Rosalina Oliveira. “A Prefeitura tirou as árvores, que era o que tinha de mais bonito. É mais um prefeito que não gosta de árvore. Eles dizem que é por causa dos bandidos. Mas não se combate violência cortando árvores. Segurança se faz com competência", ensinou uma cliente do salão. "Reforma da Prefeitura e do Iphan é só para derrubar árvores", completou outra cliente da cabeleireira.

CONTRADIÇÕES E PROPOSTAS

Câmera de monitoramento, no cruzamento do Beco da Pacotilha
com a rua do Giz, não inibe os assaltos e o tráfico de drogas
Empresários da área questionam o investimento em divulgação de São Luís para atrair turistas, se não há segurança para o visitante em uma das principais referências de patrimônio histórico e arquitetônico do mundo. O resultado é que o turista assaltado ou inseguro sai falando mal e, com isso, o efeito multiplicador contra a imagem da cidade é devastador.

O problema da violência no Centro Histórico é antigo. Chegou a ficar insuportável, nos últimos 10 anos, quando as pessoas não podiam quase andar nas ruas ou ter sossego por causa de assaltos, pedintes e usuários de drogas. Houve melhoras logo no início no governo Flávio Dino, em 2015, a ponto de atrair empreendimentos ao local, a exemplo do café e restaurante Espaço Define, ao lado da nova sede da Fapema, na rua da Estrela. A diretora do Define, arquiteta Carla Veras, “paquerou” o casarão durante quatro anos e só efetivou o aluguel quando viu ações efetivas de segurança na área, principalmente a retirada dos usuários de drogas e o policiamento móvel no local. “Hoje está bem melhor”, classificou Veras.

Comerciantes e moradores da Praia Grande ouvidos pela reportagem têm um consenso: o policiamento em motocicletas é ineficiente porque passa rápido e não consegue demarcar território. O ideal, disseram os entrevistados, é a combinação de motos, postos fixos (trailler) e rondas a pés nos lugares estratégicos. Mesmo que essas providências sejam tomadas, alguns entraves, quase inexplicáveis, devem ser evitados. Um exemplo é a “armadilha” localizada exatamente na área onde o empresário italiano foi assaltado. Os tapumes isolaram a praça e deixaram aos pedestres uma pequena passagem estreita que está sendo chamada de “corredor da morte”, devido aos constantes assaltos.

O empresário Alessandro Bruge disse que a violência e a instabilidade social estão afastando os frequentadores da La Pizzeria, que já conquistou excelente conceito pela qualidade do atendimento e preços. Ele também administra a pousada Portas da Amazônia, em Belém. A esperança é que o italiano e outros empresários nativos não deixem de investir na Praia Grande por falta de iniciativa governamental. A falta de segurança afeta toda a cadeia produtiva do Centro Histórico. Bruge está no limite e às vezes pensa em fechar o negócio, depois de 13 anos instalado em São Luís. Atualmente, emprega 20 pessoas. Nos últimos 30 dias, ele computou cinco casos de assalto entre funcionários e clientes da pousada. “Os taxistas do aeroporto não querem transportar os turistas que chegam na madrugada e pedem corrida para a pousada Portas da Amazônia, na rua do Giz, porque temem assaltos”, observou. Na sua avaliação o turismo na capital não é atrativo, porque o Centro Histórico está abandonado e as praias, poluídas. Esse cenário atrai o visitante direto para os Lençóis Maranhenses e São Luís é apenas uma passagem.

PERSISTÊNCIA E AVANÇOS

Mesmo diante do problema da segurança, ainda há interesse dos empreendedores no Centro Histórico. O restaurante Dom Francisco, localizado na rua do Giz, vai diversificar os negócios, instalando um café, padaria e pizzaria. O espaço cultural Chico Discos, localizado na rua dos Afogados, está de mudança para o Centro Histórico. Dois novos prédios recém-inaugurados, na rua da Estrela, são importantes ações de ocupação do espaço na Praia Grande. Através do PAC Cidades Históricas, foram recuperados e já estão em funcionamento a nova sede da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapema) e o anexo do curso de História da UEMA. Na mesma rua, já funciona há vários anos o curso de Arquitetura da mesma instituição.

O PAC Cidades Históricas também está recuperando o casarão onde vai funcionar a Casa do Tambor de Crioula, na esquina do Beco da Pacotilha com a rua da Estrela, próximo à Câmara dos Vereadores. Essas iniciativas, ocupando a área com equipamentos culturais, instituições de ensino, serviços e comércio, ajudam a movimentar as ruas e dão vida ao Centro Histórico. O mesmo aconteceu com a recuperação da praça Nauro Machado, palco de shows e diversas outras atividades lúdicas, onde crianças, adultos e idosos podem usufruir e apreciar o espaço comum.

CÂMERAS SEM EFICÁCIA

A situação do Centro Histórico é complexa, há muitos vícios acumulados e novas ações ainda precisam ser feitas na área de segurança pública para que turistas e pessoas de São Luís, com seus filhos, sobrinhos e cachorrinhos de estimação possam fotografar o belíssimo patrimônio histórico da humanidade, com máquinas fotográficas ou celulares, sem o risco de serem surpreendidas por assaltantes.

O assalto a Alessandro Bruge aconteceu embaixo de uma câmera de videomonitoramento, que deveria ajudar na segurança, mas, segundo os comerciantes do local, não tem cumprido esse papel. É um equipamento que virou artigo de decoração e os assaltantes já perceberam essa ineficiência. Tanto que eles assaltam como se as câmeras não existissem.

Há 10 anos instalada na rua do Giz, a Aliança Francesa já teve redução de 30% dos alunos, segundo a diretora Morgane Mabit. “Estamos perdendo o público atual e o potencial”, declarou. Quando a noite cai, as ruas ficam escuras e desertas, pouco atrativas para o estudante que precisa se deslocar até o prédio, próximo aos tapumes da praça Valdelino Cécio. Segundo Mabit, o público preferencial da Aliança trabalha durante o dia e estuda francês à noite.

Veteranos comerciantes do Centro Histórico dizem o policiamento é mais presente quando uma autoridade faz rápida visita à Praia Grande. No dia-a-dia, os policiais desaparecem. “Alguns passam de moto, de vez em quando, e os bandidos, sabendo que eles só vão passar de novo depois de duas horas, assaltam sem problemas", afirmou um empresário. Há, também, críticas à Guarda Municipal. "Todo mundo sabe identificar quem é malandro, quem é turista e quem é morador. Só os guardas municipais não sabem", afirmou uma frequentadora da área.

Localizado em frente aos tapumes da praça Valdelino Cécio, o restaurante Crioula’s está no foco do problema. O gerente Junior Lima disse que a câmera de videomonitoramento não inibe os assaltos nem o tráfico de drogas. Na sua opinião, a volta das rondas policiais e do trailler da Polícia Militar, retirado da rua da Estrela, seriam fundamentais para intimidar os traficantes e assaltantes.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

RÁDIO COMUNITÁRIA BACANGA E ANJO DA GUARDA COMEMORAM ANIVERSÁRIOS

 

Os 47 anos do bairro Anjo da Guarda e os 18 anos da rádio comunitária Bacanga FM serão comemorados nesta sexta-feira, 30, a partir das 16 horas, com diversas atividades culturais. 
A concentração acontece no clube Amigos do Vinil, em frente ao Teatro Itapicuraíba, com transmissão da rádio.

Localizados na área Itaqui-Bacanga, um dos maiores conglomerados urbanos de São Luís, a rádio e o bairro Anjo da Guarda são referências em organização popular, teatro, comunicação alternativa e produção cultural.

No Anjo da Guarda é realizado todos os anos o espetáculo da Paixão de Cristo, durante a Semana Santa; e a Romaria do Trabalhador, no 1º de maio. Nas festas juninas e carnavalescas, diversas brincadeiras folclóricas são organizadas por moradores da área Itaqui-Bacanga.

A Bacanga FM é uma referência na organização do movimento de rádios comunitárias no Maranhão. A emissora é coordenada por Luís Augusto da Silva Nascimento, também presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias no Maranhão.

Segundo Nascimento, os 18 anos da emissora e os 47 do Anjo da Guarda significam a consolidação de um processo de resistência e organização popular, em um bairro onde há uma variedade de artistas e produtores culturais, comércio pujante e atrações turísticas nas praias localizadas no entorno da Ponta do Bom Fim.

A área Itaqui-Bacanga é composta por 62 bairros e abriga o lucrativo Porto do Itaqui, um dos atracadouros mais importantes do mundo.

Para ouvir a rádio comunitária Bacanga FM, clique aqui.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

SÁBADO, 31: RICOCHORO COM GRANDES ATRAÇÕES

Quarta edição de RicoChoro ComVida terá Vinil Social Club, Regional Tira-Teima, Josias Sobrinho e a participação especial de Maria Vitória
O projeto chega à sua quarta edição ordinária neste sábado (31), a partir das 18h, no Restaurante Barulhinho Bom (Rua da Palma, 217, Praia Grande).

As atrações da vez são o DJ Marco Antonio Brito, que quando risca agulhas assume a identidade de Vinil Social Club, o Regional Tira-Teima, mais antigo grupamento de choro em atividade no Maranhão, e Josias Sobrinho, um dos mais respeitados compositores do Brasil, já gravado por nomes como Ceumar, Diana Pequeno, Leci Brandão e Papete, entre muitos outros. A noite terá ainda a participação especial de Maria Vitória, talento-mirim recém-revelado pelas mãos da mãe produtora Ópera Night.

Os ingressos para a quarta edição de RicoChoro ComVida podem ser adquiridos no local. Reserva de mesas pode ser feita pelo telefone (98) 988265617.

Marco Antonio Brito explica por que o nome artístico de Vinil Social Club: “remete ao trabalho que desenvolvo nessa área, que é dar ênfase ao vinil, resgaste e preservação da música e acima de tudo na ritualização de se escutar música. O vinil é o único molde de propagação de música gravada que você pode ver claramente de maneira material a música sendo reproduzida. O ritual de pegar um disco, retirar da capa, por para tocar e ver a rotação hipnotizante do disco rolando na vitrola faz com que nos concentremos em escutar a música e possibilita um grau maior de sentir e entender a música”, explica.

“Nessa apresentação, selecionaremos do nosso acervo de LPs e compactos muito choro, que pelo nome do projeto [RicoChoro ComVida] e no que ele se predispõe fazer não poderia ser diferente, e também tudo que essa música belíssima influenciou na musica brasileira. Teremos muito samba, bossa, jazz samba, samba jazz, samba rock, música regional, todo esse universo eclético que forma a música e alma brasileiras”, antecipa o repertório, ele que se apresenta todas as terças-feiras no Bar Chico Discos.

Formado por Paulo Trabulsi (cavaquinho solo), Luiz Jr. (violão sete cordas), Zeca do Cavaco (cavaquinho centro), Zé Carlos (percussão), Serra de Almeida (flauta) e Henrique (percussão), o Regional Tira-Teima está na ativa desde o final da década de 1970. A formação original contou, entre outros, com nomes como o multi-instrumentista Ubiratan Sousa – de um choro de sua autoria o grupo herdou o nome – Adelino Valente (bandolim), Antonio Vieira (percussão), Sérgio Habibe (flauta), Cesar Teixeira (cavaquinho), Chico Saldanha (violão) e Arlindo Carvalho (percussão). O único remanescente da formação original é Paulo Trabulsi, que com 17 anos participou da gravação do antológico Lances de Agora [1978], de Chico Maranhão, realizada por Marcus Pereira para sua gravadora, na sacristia da secular Igreja do Desterro.

O grupo está às vésperas de lançar seu primeiro disco, cujo repertório mescla peças autorais a um trabalho de pesquisa de choros de autores maranhenses antigos, nos moldes do inaugural Choros maranhenses [2005], do Instrumental Pixinguinha, primeiro registro fonográfico inteiramente dedicado ao choro no Maranhão.

O produtor Ricarte Almeida Santos entusiasma-se com a notícia: “já é mais que hora de ouvirmos um registro gravado do Tira-Teima. Pela importância de seus membros, pela longevidade do grupo e por tentativas anteriores que infelizmente foram abandonadas”, afirma. Algumas peças do disco, já anunciadas em entrevistas de seus membros à série Chorografia do Maranhão, poderão ser ouvidas durante a apresentação. Entre elas Dom Chiquinho, Choro nobre e Choro embolado, de Serra de Almeida, Gente do choro e Meiguice, de Paulo Trabulsi.

O Regional Tira-Teima receberá o compositor Josias Sobrinho, que se tornou nacionalmente conhecido ao ter quatro composições incluídas por Papete em Bandeira de Aço [Discos Marcus Pereira, 1978], um divisor de águas para a música popular produzida no Maranhão. O cantor e percussionista gravou De Cajari pra capital, Engenho de Flores, Dente de ouro e Catirina, até hoje entre as mais conhecidas da lavra de Josias Sobrinho.

Era o começo. Depois ele gravaria seus próprios discos, sendo Dente de ouro [2005] o mais recente, e seria gravado e regravado por diversos intérpretes, no Maranhão e em outros estados. Casos de Engenho de flores (regravada por Diana Pequeno), Rosa Maria (Ceumar, Leci Brandão e Cláudio Pinheiro), Porco espinho (Fátima Passarinho), Terra de Noel (Flávia Bittencourt), Quadrilha (parceria com Sérgio Habibe, Godão, Ronald Pinheiro e Chico Maranhão, gravada por este último e por Papete), O biltre (Rita Ribeiro, hoje Benneditto), As perigosa (Ceumar) e Dente de ouro (Cláudio Lima), entre muitas outras.

Parte desse repertório autoral será apresentado por Josias. “Vou tocar um choro que fiz na época do Rabo de Vaca [grupo dos anos 1970, então integrado por Josias]. Nosso grupo começou tocando chorinho, mas faço também um choro cantado, além de sambas meus e de outros compositores”, adianta.

Ele diz ver com bons “olhos e ouvidos” a iniciativa do RicoChoro ComVida e comenta também o significado de ser o convidado da vez. “Somente uma música com tão ricas tradições pode proporcionar a gerações continuadas possibilidades desta envergadura. Parabéns a todos que têm algo a ver com a realização do projeto. É a história se impondo à incongruência dos fatos. Afinal, o Choro tem vida! Pra mim é muito gratificante participar desse grande momento cultural. Ter minha música inserida no contexto do choro é elogioso e distinto. Sou muito grato pelo convite, afinal de contas esta é uma iniciativa que retoma histórias tantas, representadas nas figuras destacadas de Ricarte, Tira-Teima, Luiz Jr., o Clube do Choro, Chico Canhoto, Célia Maria, Léo Capiba, João Neto [seu sobrinho] e tantos outros”, destaca Josias.

A pequena Maria Vitória cresceu entre boas influências musicais: é filha do cantor e compositor Santacruz e da produtora Ópera Night, em cujo currículo constam vários nomes importantes da música brasileira trazidos por ela à ilha. Recentemente a mãe resolveu produzir a própria filha, em um show com participações especiais de outras crianças sintonizadas com o que de melhor se produz em termos musicais no Brasil e no Maranhão.

Na participação especial que fará no show de “tio Josias”, como ela carinhosamente chama o artista, ele também uma de suas referências musicais, Maria Vitória fará uma homenagem ao saudoso e eterno João Rubinato, o ítalo-paulista cuja música tornou-se sinônimo da maior cidade do país: Adoniran Barbosa.

Produção de RicoMar Produções Artísticas, RicoChoro ComVida tem patrocínio da Fundação Municipal de Cultura (Func), Gabinete do Deputado Bira do Pindaré, TVN e Galeteria Ilha Super, e apoio do Restaurante Barulhinho Bom, Calado e Corrêa Advogados Associados, Sonora Studio, Clube do Choro do Maranhão, Gráfica Dunas, Sociedade Artística e Cultural Beto Bittencourt e Musika S.A. Produções Artísticas.

Serviço

O quê: RicoChoro ComVida – 4ª. edição
Quem: Vinil Social Club, Regional Tira-Teima, Josias Sobrinho e participação especial de Maria Vitória
Onde: Restaurante Barulhinho Bom (Rua da Palma, 217, Praia Grande)
Quando: 31 de outubro (sábado), às 18h
Quanto: R$ 30,00. Reserva de mesas pelo telefone (98) 988265617

IMPERATRIZ SEDIARÁ O 3º ENCONTRO REGIONAL NORDESTE I DO ANDES-SN

No dia 6 de novembro será realizado o 3º Encontro Regional Nordeste I do ANDES-SN, na cidade de em Imperatriz (MA). O encontro ocorrerá no auditório do campus da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) e terá como tema "Ajuste Fiscal: a Luta Sindical e a Universidade Pública Brasileira”. 

Sirliane Paiva, 1° secretária da Regional Nordeste I do ANDES-SN, afirma que os debates sobre carreira e multicampia serão fundamentais no encontro. “Queremos debater quais as consequências do produtivismo na carreira docente”, afirma a diretora do Sindicato Nacional, citando como o exemplo o fato de que a Ufma aprovou uma resolução que torna praticamente impossível a progressão na carreira.

O local onde será realizado o encontro também está relacionado aos debates que ocorrerão. Imperatriz tem o segundo maior campus da Ufma, localizado a doze horas de carro da sede da universidade, e foi escolhida para que os docentes possam aprofundar a discussão sobre a organização sindical na multicampia. “A multicampia mudou nossa realidade de organização sindical. E é por isso que o evento não acontece na sede da universidade, e sim no interior”, diz Sirliane.

O encontro inicia, pela manhã, com uma mesa redonda sobre carreira docente nas universidades federais e estaduais, com a presença de Amauri Fragoso de Medeiros, tesoureiro do ANDES-SN, e Epitácio Macário, 2º vice-presidente do Sindicato Nacional. À tarde o debate terá como tema o desmonte da universidade pública, com a presença de Saulo Pinto, docente da Ufma.

Confira aqui o folder do evento.

Fonte: Andes – Sindicato Nacional

terça-feira, 27 de outubro de 2015

KÁTIA BOGÉA: "IPHAN É MOEDA DE TROCA"

Denunciado na operação Lava Jato, o deputado Waldir Maranhão tirou Kátia Bogéa do Iphan
A superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico) no Maranhão, Kátia Bogéa, despediu-se do cargo atirando.

"O Iphan é moeda de troca", criticou a demissionária, referindo-se à captura do órgão pelo deputado federal Waldir Maranhão (PP), padrinho do arquiteto Alfredo Costa, indicado para assumir o posto de Bogéa.

A superintendente fez a declaração à rádio Difusora AM, durante a cerimônia em que foi homenageada pela Câmara Municipal, referindo-se aos "relevantes serviços" prestados ao patrimônio do Maranhão.

Ao entregar o cargo, homenageada pelos vereadores, Kátia Bogéa  criticou o balcão de negócios que a retirou da direção do Iphan no Maranhão.

Bogéa creditou sua demissão ao jogo político nacional e à crise de governabilidade no país. Traduzindo, quis dizer que seu apadrinhamento político - o PMDB de José Sarney - falhou na manutenção dos cargos federais no Maranhão. 

Enfim, a crítica de Bogéa é um lamento, ecoado na coluna social do Pergentino Holanda (PH) e na Academia Maranhense de Letras (AML), com o aval da Câmara dos Vereadores. Todos enxergaram em Bogéa apenas virtudes, como se ela fosse a unanimidade na gestão do patrimônio histórico de toda a humanidade.

A declaração de Bogéa chega a ser irônica e absurda, porque todos os órgãos federais no Maranhão resultam de indicação política. Se ela foi mantida no cargo durante mais de uma década, teve padrinho forte! Qualquer paralelepípedo da Praia Grande sabe disso.

Quer dizer que antes de Waldir Maranhão o Iphan era um reduto da meritocracia exclusiva da incomensurável competência de Kátia Bogéa?

Quer dizer que nenhum outro ser humano seria capaz de gerenciar o patrimônio histórico do Maranhão?

Quer dizer que há mais de uma década apenas Kátia Bogéa era capaz de conduzir o Iphan?

Infelizmente, o Iphan agora estará a serviço de Waldir Maranhão, mas é fundamental que os organismos de controle e fiscalização façam um apanhado na gestão de Kátia Bogéa e acompanhem a nova administração.

Kátia Bogéa não é Deus! Está prestes a ser exonerada.

Existe alguma inconsistência nessa suposta unanimidade em torno da sua competência exacerbada? Afinal, por que o Centro Histórico vive tão abandonado, tomado por escombros e desprezo?

É preciso verificar quantas obras de recuperação dos prédios foram realizadas ao longo dos 12 anos de Kátia Bogéa à frente do Iphan.

Quantas obras foram realizadas?

Quanto dinheiro foi aplicado?

Quais empreiteiras foram contratadas para fazer os serviços?

Por que o Centro Histórico, apesar de tantos elogios a Kátia Bogéa, é um dos conjuntos arquitetônicos mais desprezados no país?

Quais as razões de tanta bajulação à ex-quase-superintendente do Iphan?

Como explicar que, ao longo de 12 anos à frente do Iphan, o Centro Histórico de São Luís esteja tão abandonado e sujo?

Essas perguntas precisam ser respondidas pelos órgãos fiscalizadores, para além das bajulações da Câmara dos Vereadores.

Waldir Maranhão é o pior padrinho do mundo para indicar um substituto de Kátia Bogéa, mas também não podemos tomá-la como unanimidade e referência de máxima competência na gestão do patrimônio histórico do Maranhão.

Por que o Iphan é moeda de troca apenas para atender aos interesses de Waldir Maranhão? Antes não era?

Existe algo de estranho em tanta bajulação, lamento e saudosismo a Kátia Bogéa.

O patrimônio histórico do Maranhão precisa ser passado a limpo!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

ARTIGO ANALISA A CORRUPÇÃO E APONTA PROPOSTAS DE COMBATE AO DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS

Mestrando em Geografia pela PUC do Rio de Janeiro, o professor Fábio Nascimento teve artigo publicado na revista Interespaço. O tema é atualíssimo. 

Veja o resumo e o link para o texto completo:

O artigo destaca a relação entre a pequena participação dos(as) brasileiros(as) na vida pública e os recorrentes casos de corrupção no país. Ademais, destaca o desinteresse de candidatos honestos no preenchimento de cargos públicos, discute a contribuição da herança patrimonialista no cenário vigente de crise política, trata da utilização de empreendimentos estatais como contrapartida ao financiamento de campanhas e concatena a questão federativa aos episódios recentes de improbidade. Por fim, aponta as principais propostas de combate à malversação de recursos do erário em pauta no Brasil.

Acesse AQUI o texto integral.

PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS SERÁ LANÇADO EM SÃO LUÍS

Na próxima quinta-feira, 29, acontece na Associação Comercial, em São Luís, o lançamento do Programa Cidades Sustentáveis. O evento é promovido pela Rede Brasileira por Cidades Justas, Democráticas e Sustentáveis e co-realização do Nossa São Luís, que é o único representante de São Luís na Rede.

A abertura contará com a presença de representantes da Presidência da República e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Na ocasião, será lançado o novo formato do Programa Cidades Sustentáveis, adaptado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), aprovados em Assembleia Geral pela ONU, no último mês de setembro.

 
O evento é aberto para todos os públicos e tem entrada franca.

 
Mais informações: comunicacao@nossasaoluis.org.br / 3303-1976