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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

TRIO "MUITO À VONTADE" E SABRINA REIS NO QUINTA DE BAMBA


O Trio Muito à Vontade e Sabrina Reis são as atrações no Projeto Quinta de Bamba, no bar Barulhinho Bom.

Formado pelos músicos Celson Mendes (violão), Júlio Figueredo (trompete) e Fleming, na bateria, o trio promete uma noite alegre e envolvente, a partir de um repertório que privilegia o que de melhor já foi composto em termos de samba, bossa, pop, choro e do jazz.

Trio Muito à Vontade é a finesse na execução da música pela alta qualidade dos músicos que o compõe. Cada um sendo um exímio artífice de seu instrumento.

Não fosse o bastante, se juntará ao trio, a fabulosa cantora Sabrina Reis, dona de um estilo em que sobressai o ecletismo de seu repertório a valorizar seu belo canto e onde estão presentes artistas da grandeza de uma Joyce, João Donato, Elis, Gilberto Gil, Zeca Baleiro, Maria Rita, Caetano ou Ana Carolina. Sem dúvida, uma noite para todos se divertirem e ficar muito à vontade.

SERVIÇO

O QUÊ: TRIO MUITO À VONTADE E SABRINA REIS NO QUINTA DE BAMBA

ONDE: Bar Barulhinho Bom – Rua Maçarico, Lagoa da Jansen.

QUANDO: Quinta-feira (01/11), a partir das 21 horas. Entrada: R$ 15,00

Realização: Satchmo Produções – (98) 96186643 ou (98) 87163850

PROJETO ‘QUINZE CONTOS MAIS’ LANÇA NOVOS AUTORES NA INTERNET

O professor e escritor Marcos Fábio: dos livros de papel para a internet
Divulgar, de forma mais rápida e barata, o conto como forma literária e tornar mais conhecidos novos autores brasileiros. Estes são alguns dos objetivos da coletânea “15  Contos +”, lançada na semana passada como e-book.

A iniciativa foi da escritora-editora Helena Frenzel, maranhense que mora atualmente na Alemanha. Ela reuniu outros 14 autores para fazer a coletânea, que é a primeira.

Dentre os autores, três maranhenses. A própria Helena, o professor José Neres, de São Luís e o professor Marcos Fábio, de Imperatriz. Todos os autores, mesmo já tendo publicações, podem ser considerados estreantes.

E-BOOK – a opção pelo e-book se deu por dois fatores: em primeiro lugar, o seu custo de produção, baratíssimo em comparação com o livro de papel. Em segundo lugar, a capacidade de disseminação que a internet proporciona. “Só eu mandei, em menos de 10 minutos, para mais de mil contatos que tinha e ainda postei no Facebook e compartilhei com mais de 5 grupos”, afirma Marcos Fábio, para quem a publicação abre novas possibilidades: “Estou pensando em publicar meu próximo livro no formato de e-book”.

O projeto “15 contos +” deve continuar, com publicações periódicas, trazendo novos autores. A ideia da responsável pela obra é fazer um concurso para garantir o interesse dos participantes e a qualidade dos textos.

Para acessar o Blog do Projeto e baixar a versão em e-book, em pdf ou em doc, clique em:

CHAPA 1, VENCEDORA DA ELEIÇÃO, TOMA POSSE HOJE NO SINDEDUCAÇÃO

Integrantes da chapa 1 (Unidade para mudar) convidam todos os educadores e representantes do movimento sindical e popular do campo democrático a participar do ato de posse na diretoria do SINDEDUCAÇÃO – entidade que congrega os trabalhadores da Educação em São Luís.

A posse é nesta quarta-feira, 31 de outubro, às 16 horas, em frente à sede do sindicato (Av. 14, nº 46 – Cohab).

VITÓRIA E GOLPE

A Chapa 1 venceu as eleições no sindicato. No entanto, a comissão eleitoral não deu posse à nova diretoria, no dia 17 de outubro, quando findou o mandato da antiga direção.

A posse foi garantida judicialmente, no último dia 18. Mas a comissão eleitoral obteve uma liminar, alterando a posse para o dia 30 de outubro e nesse meio tempo anulou a eleição.

É uma manobra vergonhosa de quem perdeu a eleição e não quer respeitar a vontade da categoria.

AS LINDALVA(S)

O SINDEDUCAÇÃO foi criado em 2004 e “privatizado” pela professora Lindalva Batista, que conduz o sindicato como extensão dos seus interesses pessoais e da Prefeitura de São Luís.

Na eleição realizada em 14 de setembro de 2012 foram vitoriosos os grupos de oposição que se organizavam pela base do sindicato (MOPE, CSP CONLUTAS E MRP) e vários professores independentes que formaram a chapa 1 – Unidade para mudar.

Já a chapa 3, encabeçada pela professora Lindalva Lopes, apoiada pela atual gestão e pelo PCdoB, teve sua campanha abertamente financiada por diversos vereadores declaradamente inimigos da educação pública, a exemplo de Astro de Ogum (PMN) e pelo poder público municipal.  

Derrotado nas urnas, o grupo das professoras Lindalva Batista e Lindalva Lopes, apoiando-se em argumentos absurdos, resolveu partir para o golpe e anular a eleição.

O SINDEDUCAÇÃO é o maior Sindicato de servidores públicos de São Luís e o quarto do Maranhão. Um golpe desta natureza, num sindicato deste porte, pode abrir precedentes de dimensões incalculáveis.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

IMPERATRIZ: DEMISSÃO DA PROFESSORA TERIA MOTIVAÇÃO POLÍTICO-PARTIDÁRIA

O prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), concedeu uma longa entrevista hoje pela manhã no programa Ponto Final, da rádio Mirante AM, ancorado pelo jornalista Roberto Fernandes.

Madeira foi questionado sobre a demissão da professora Uiliene Araujo, que postou fotos denunciando a precariedade de uma escola de Imperatriz, onde crianças se protegiam das goteiras com guada-chuvas.

Roberto Fernandes chegou a fazer um apelo a Madeira para que não levasse adiante a demissão sumária da educadora, mas o prefeito foi irredutível.

Reeleito com relativa tranquilidade, Madeira disse que a professora é ligada ao PSOL e que a postagem da foto na internet era uma ação dos adversários que pretendiam criar um "segundo turno"  em Imperatriz.

A suposta afinidade partidária da professora veio à tona pelas palavras do prefeito. Um detalhe que faz muita diferença diante da maioria das versões apresentadas até agora sobre o episódio.

ESCOLA PRECÁRIA EM IMPERATRIZ E NO MARANHÃO INTEIRO

A foto de uma escola com goteiras, em Imperatriz, é uma cena que se repete em todo o Maranhão. Se começarem a colocar nas redes sociais as imagens de escolas de taipa, muito comuns na zona rual, vai haver uma explosão de acessos na internet.

E nem precisa ir na zona rural. Na Cidade Olímpica, ocupação urbanizada de São Luís, com 92 mil moradores, a construção da única escola de ensino médio do bairro foi abandonada pela governadora Roseana Sarney (PMDB).

A escola começou a ser erguida no governo Jackson Lago (PDT). Com a cassação de Lago, a construção ficou abandonada. Aos poucos os predadores retiraram telhas e fiação elétrica, além de furtar o restante do material da obra.

Lideranças comunitárias da Cidade Olímpica já fizeram uma dezena de denúncias e solicitações ao governo para que continue a obra. E nada. O Ministério Público também foi acionado e nenhuma providência foi tomada pela Secretaria de Estado da Educação.

As goteiras de Imperatriz não são nada perto da barbárie educacional do Maranhão inteiro.

Veja AQUI o vídeo que denuncia a escola interditada na Cidade Olímpica.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

DIA DO SERVIDOR PÚBLICO

Marcos Fábio Belo Matos – prof. dr. do Curso de Comunicação Social – Jornalismo – da UFMA Imperatriz.
marcosfmatos@gmail.com

Em 28 de outubro, comemora-se o Dia do Servidor Público. Servidor público é aquele camarada que o vizinho acha um entrave pro país, pois trabalha pouco, ganha muito, custa caro e não pode ser demitido. Para a população em geral, servidor público é um peso para o custo Brasil.

As pessoas só esquecem que sem o servidor público o país não dá um passo. E só na hora do aperreio é que sentem a importância dele. É quando você se arrebenta no trânsito e precisa da mão competente dos paramédicos do Samu. É quando você perde o emprego e vai precisar do seguro-desemprego. 

É quando você procura a justiça para resolver uma questão qualquer. É quando o seu plano não cobre aquela cirurgia de urgência e você vai parar na mão da equipe médica do hospital universitário. É quando seu filho passa no vestibular e você faz a maior festa porque ele conseguiu passar numa das melhores universidades do país...pública! É quando tem uma situação de insegurança e você liga pra polícia atrás de proteção...

A realidade é bem diferente dos estereótipos. Servidor público, em geral, ganha mal, abaixo de média do que ganharia com a sua qualificação (graduação, mestrado, doutorado etc) na iniciativa privada – nas empresas sérias, que realmente valorizam os seus colaboradores, registre-se. 

A imensa maioria dos servidores públicos é formada de  gente honesta e trabalhadora, que cumpre seus horários e tenta fazer o melhor para a comunidade, por meio da sua repartição. A estabilidade não é um privilégio, mas sim um direito duramente conquistado, que protege o servidor contra desmandos de chefetes e politicagens. 

Os concursos públicos, na maioria quase absoluta dos casos, premiam a meritocracia, qualificam os quadros e melhoram as rotinas administrativas. Sempre que possível, a nossa carreira é prejudicada por uma “ação moralizadora”, que abocanha uma parte das nossas conquistas – como ocorreu, recentemente, com a aposentadoria dos servidores federais.

Servidor público não tem fundo de garantia. Servidor público não tem benefícios para se qualificar. Servidor público precisa vencer um mar de candidatos para galgar uma posição, muitas vezes abaixo do nível da sua qualificação (por exemplo: os cargos hoje que pedem “nível médio” estão, quase sempre, sendo preenchidos por pessoas já formadas ou na faculdade). 

Servidor público não tem ascensão na carreira – ou seja: se você fizer um concurso para nível médio, vai morrer como nível médio, fazendo funções de nível médio. E ainda tem que conviver com a falta de isonomia entre os poderes – um trabalhador que faz a mesma coisa que outro, mas está no legislativo, por exemplo, ganha mais que aquele que está no executivo.

O problema são as metonímias. A população pensa que todo servidor público passa o dia contando lorota. Acha que todo mundo ganha como um ministro de estado – ou seus assessores, que em geral não são funcionários de carreira. Acredita que todo funcionário público é corrupto.

Mas por que, então, os concursos chovem de gente, todo mundo querendo ser funcionário público? Resposta: porque nosso capitalismo é periférico, as carreiras nas empresas privadas são, via de regra, muito instáveis. Nesse cenário, ser servidor público, com as poucas garantias que a carreira oferece, é um oásis de felicidade num deserto de falta de oportunidades.

E há também carreiras que só encontram ancoradouro seguro nas instituições públicas, como a de professor universitário (que precisa, além do ensino, fazer pesquisa e extensão), a de militar, a de pesquisador, a de médico legista e tantas outras. São carreiras que na iniciativa privada praticamente não existem – ou existem pela metade.

Por tudo o que representa o serviço público para quem fez dele sua carreira, é motivo de festejar-se o 28 de outubro, sim. Aos servidores públicos que, com denodo, honram as suas carreiras e contribuem, de fato, para o crescimento do país, nas suas áreas de atuação específicas, os nossos parabéns. E deixem os vizinhos continuarem pensando que nós escondemos a metade do salário que ganhamos e passamos parte do dia num spa.

domingo, 28 de outubro de 2012

AUGUSTO LOBATO DESAFIA O PT SARNEÍSTA A ROMPER COM ROSEANA

Lobato: esforço para levar o PT de volta ao  futuro
A vitória de Edivaldo Holanda Junior (PTC) já começa a provocar repercussões visando à eleição de 2014.

O vice-presidente do PT, Augusto Lobato, enviou hoje 28 um requerimento ao presidente estadual do partido, Raimundo Monteiro, solicitando que seja convocada reunião do diretório regional para tomar posição sobre a permanência petista no governo Roseana Sarney (PMDB).

Veja a carta no final da postagem.

Vários candidatos a vereador, dirigentes e lideranças petistas que apoiaram Washington Oliveira (WO) embarcaram de última hora na campanha de Holanda Junior, quando perceberam a derrota de João Castelo (PSDB) - o candidato da oligarquia Sarney.

Nesse novo cenário, Augusto Lobato, que sempre militou no campo democrático-popular, faz uma boa provocação ao partido. Ele pede reunião do diretório regional para “avaliar e deliberar sobre o rompimento com o governo da oligarquia.”

Antes da eleição de 2014, o PT terá um embate interno em novembro de 2013: o Processo de Eleições Diretas (PED), que vai definir a composição dos novos diretórios municipais e estaduais em todo o Brasil.

Quem ganhar a direção do PT no Maranhão em 2013 indica o caminho dos petistas em 2014: se continua subserviente à oligarquia Sarney (PMDB) ou se marcha com Flavio Dino (PCdoB).

O PED transformou-se em balcão de negócios no PT. Quem tiver mais dinheiro ganha a eleição. O vice-governador Washington Oliveira (WO) terá de fazer um esforço gigante para manter os aliados com Roseana em 2014.

Por outro lado, a vitória de Holanda atrai os aliados de WO ao campo de Flavio Dino.

Mas acima de tudo está o “deus” Lula. Nenhuma decisão no PT é segura. Debates e votações têm pouco sentido.

Se a direção nacional quiser, intervém e muda os resultados. Foi assim em 2010, quando o Encontro Estadual decidiu coligar com Flávio Dino, mas Lula interveio e entregou o PT para Sarney.

Se Lula, Dilma e Zé Dirceu quiserem, o PT vai com Lobão em 2014.

VEJA A CARTA DE AUGUSTO LOBATO A RAIMUNDO MONTEIRO:

Sr. Presidente do Diretório Regional do PT,
Raimundo Monteiro,

Considerando:

O resultado das eleições municipais e a derrota da oligarquia Sarney na capital do Estado;

O apoio da maioria da executiva estadual, das tendências internas e dos filiados e das filiadas e de toda a bancada estadual do PT à candidatura de Edivaldo Holanda Júnior;

O fato público e notório de que o governo Roseana Sarney não tem qualquer compromisso com a reversão dos baixos indicadores de desenvolvimento humano do Maranhão,

Solicito que seja convocada reunião extraordinária do Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores para avaliar e deliberar sobre o rompimento com o governo da oligarquia, recomposição do campo democrático e popular no Estado e organização de forma transparente e democrática do Processo de Eleição Direta - PED, que escolherá a nova direção política do nosso partido.

Atenciosamente,

Augusto Lobato
Vice-presidente do PT do Maranhão

CAI O PENÚLTIMO CORONEL DO MARANHÃO

Edivaldo Holanda Junior (PTC) é o prefeito eleito de São Luís, derrotando João Castelo (PSDB).

Os números:

Edivaldo: 280.809 votos (56,06%)

Castelo: 220.085 votos (43,94%)

Com a derrota de Castelo, um dos piores subprodutos da oligarquia Sarney, São Luís começa a dar as costas para os políticos arcaicos.
Os coronéis Sarney e Castelo, ao centro, começam a ruir
Castelo é o sinônimo do atraso, da incompetência e do autoritarismo. É tudo que o povo de São Luís começa a rejeitar.

O governo Roseana Sarney (PMDB) empenhou-se na campanha tucana, mas não adiantou. Os coronéis perderam.
O tempo passado no Maranhão 
Há um sentimento de renovação no eleitorado ludovicense, que pode se estender à eleição de 2014 para o governo do Maranhão.

E eleição de Edivaldo Holanda Junior não configura uma renovação ideológica de grande profundidade. Também não é uma alternância de poder entre grupos muito distintos.

É uma renovação de gerações. Um grupo mais jovem assume o poder.

Castelo foi derrotado pelos fatores que todo mundo conhece, traduzidos em uma palavra – abandono.
Castelo pediu, Roseana ajudou, mas o eleitor negou
O prefeito passou três anos indiferente à cidade. Dedicou o segundo ano do mandato – 2010 – para eleger a filha Gardeninha Castelo (PSDB) deputada estadual.

Somente no último ano (2012) Castelo resolveu “trabalhar”, reacapeando as grandes avenidas, enquanto os bairros sofriam todo tipo de maus tratos do poder público.

A Prefeitura fez algo desumano com centenas de pais e mães de família. Deixou as crianças um semestre inteiro sem aula por falta de condições estruturais nas escolas.

O prefeito não teve habilidade sequer para costurar uma coligação. Todos os partidos aliados o rejeitaram. Restou ao prefeito montar uma chapa tucana pura, com o deputado estadual Neto Evangelista de vice.

Castelo chegou ao final do mandato do jeito que começou, engolindo a própria arrogância.

A mesma arrogância do coronel-mor José Sarney (PMDB), que ainda governa o Maranhão como se fosse um feudo onde ele tudo pode e manda.

Foi com essa concepção atrasada que Castelo pôs na cabeça que poderia vencer a eleição de qualquer jeito, mas foi derrotado.

Perdeu a eleição em condições atípicas na capital, quando a regra é o prefeito garantir a reeleição ou fazer o sucessor. Tinha sido assim desde 1988, no primeiro mandato de Jackson Lago (PDT).

A derrota de Castelo é um abalo no coronelismo que amaldiçoa o Maranhão. Caiu o penúltimo. Que em 2014 venha abaixo o que restou dos escombros da política.

HOLANDA GANHA EM TODAS AS PESQUISAS

Só o inusitado pode tirar a vitória de Edivaldo Holanda Junior (PTC) na eleição deste domingo. Todas as pesquisas de opinião, de pelo menos três institutos, divulgaram resultados favoráveis ao petecista.

Há também as pesquisas internas dos comitês, que não podem ser divulgadas, mas monitoram a tendência do eleitor. Nestas aferições Holanda também ganha.

Até o Ibope aponta a vitória de Holanda com 12 pontos à frente de João Castelo (PSDB).

Apesar das pesquisas, é preciso uma fiscalização intensa, vigilância total, sem descansar um minuto. Estamos no Maranhão, onde tudo pode acontecer, inclusive Castelo virar prefeito de novo.

São constantes as denúncias sobre suspeita de compra de voto, vindas de várias fontes, em diferentes locais da cidade.

Geralmente, eleição aqui é marcada por abuso de poder político e econômico. Parece ser uma regra.

Mas o sentimento das ruas é de vitória do 36, manifesta nos carros adesivados, nas bandeiras hasteadas nas  casas e nas manifestações de boca a boca.

Agora é só vigiar, vigiar e vigiar, sem descansar um instante, em todos os momentos. Eleição se ganha ou perde, às vezes, por um detalhe.

E no Maranhão, detalhe é tudo.

sábado, 27 de outubro de 2012

AGLOMERAÇÕES ATÍPICAS NA VÉSPERA DA ELEIÇÃO

Atenção Polícia Federal, Exército e Justiça Eleitoral!

O blogue acaba de receber duas denúncias sobre o mesmo assunto. Trata-se de aglomerações atípicas em sítios e casas de evento na estrada de Ribamar.

Uma das fontes do blogue que costuma transitar pela área ficou surpresa com a quantidade de pessoas entrando e saindo das casas de evento e chácaras.

É grande também o movimento de carros e motos nos locais referidos. "Tenho fortes suspeitas de que essas pessoas não estão participando de festas comuns, porque a aglomeração é muito grande. Um entra e sai danado", relatou a fonte.

Uma das pessoas que contatou o blogue chegou a ver pessoas saindo de um sítio com dinheiro na mão.

ROSEANA, LULA E O PSDB: CADA ELEIÇÃO UMA OPINIÃO


De acordo com os interesses particulares da família dela, Roseana Sarney (PMDB) associa-se a um ou outro político, independente da coloração partidária.

Até as pedras de cantaria da Praia Grande sabem que o candidato preferido dos Sarney é João Castelo, do PSDB.

Mas nem sempre foi assim. Na eleição de 2008 para a Prefeitura de São Luís, Roseana demonizava os tucanos, dizendo que eles eram inimigos de Lula.

O candidato da família Sarney a prefeito foi Gastão Vieira (PMDB), que ficou em sexto lutar na disputa, com 1,95% do total de votos.

Em 2008 Castelo derrotou Flavio Dino (PCdoB) no segundo turno.

Lula, por sua vez, ajuda a amiga e companheira Roseana sempre que pode. Agora em 2010, mesmo tendo um tucano disputando a Prefeitura, o PT Nacional praticamente desprezou Edivaldo Holanda Junior (PTC), integrante do conselho político da presidenta Dilma Roussef (PT).

No Brasil todo o PT combate os tucanos, menos em São Luís, onde o diretório municipal declarou-se “neutro” só para ajudar João Castelo (PSDB).

Veja o vídeo no qual Roseana demoniza os tucanos em 2008.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

DOUTORANDOS COM JOÃO


Imagem da turma do doutorado em Comunicação (PUCRS/UFMA), sempre acompanhada do querido João (ao centro), filho de Flavia Moura e Eduardo Oliveira.

João é presença marcante nos intervalos das aulas, compartilhado e curtido por todos e já classificado como um nativo digital.

A disciplina Convergência e Ubiqüidade, ministrada pelo professor Eduardo Pellanda (PUCRS), encerra hoje ao final da tarde.

Ao longo da semana, Pellanda ministrou conteúdos fundamentais para a compreensão do mundo digitalizado e os desdobramentos na sociabilidade humana.

Da oralidade à ubiqüidade, as tecnologias de Comunicação passaram por transformações profundas, ensejando um cenário no qual coexistem e ressignificam-se as ferramentas primárias (como o impresso) e a cultura da convergência no ambiente digital.

Observa-se ainda como as noções de espaço, tempo e privacidade são alteradas no mundo contemporâneo, fruto da introdução dos dispositivos e plataformas que permitem “comprimir” o tempo, “reduzir” as distâncias e diluir as fronteiras entre os ambientes privado e público.

Pellanda também apresentou à turma várias experimentações e projetos concretos de utilização da internet móvel aplicados às cidades.

Durante a disciplina, os doutorandos desenvolveram quatro projetos focados em situações como: trânsito em São Luís, utilizando geolocalização e comando de voz; jornalismo colaborativo, com a produção de conteúdo pela comunidade; plataforma para acompanhamento de propostas durante e após as campanhas eleitorais; e um aplicativo visando otimizar a utilização do Sistema Integrado de Gestão Acadêmica da UFMA.

Foi uma semana intensa, fértil, produtiva e colaborativa entre o professor Pellanda e os doutorandos.

Valeu!

MEMORIAL DO CAOS EM SÃO LUÍS

A gestão do prefeito João Castelo (PSDB) já foi institucionalizada em uma palavra pela população de São Luís – caos.

Criativo e inteligente, o povo ludovicense adaptou o sobrenome do prefeito. Virou “Caostelo”, uma expressão adequada para designar a imagem da cidade que mais salta aos olhos – abandono.

O prefeito chegou ao final do mandato sem conseguir aglutinar os apoiadores. Perdeu os partidos aliados e teve de montar uma chapa apenas com o PSDB.

Arrogante e mau gestor, Castelo termina o mandato do jeito que começou – deplorável. Veja uma síntese cronológica do caos:

- O prefeito rompeu com a vice-prefeita Helena Duailibe logo no início do mandato;

- Nos primeiros dias da administração, a cidade ficou tomada pelo lixo;

- Na área de “paisagismo”, a prefeitura plantou centenas de carnaúbas e quase todas morreram.

- Como era previsível, não houve licitação para a coleta de lixo. A Vital engenharia entrou no mercado de São Luís, sob denúncias de contratos milionários;

- Os professores fizeram greve e a Prefeitura não teve habilidade para negociar;

- Na greve dos rodoviários a Prefeitura lavou as mãos, deixando a cidade sem ônibus e com a sensação de ausência total de governo;

- A buraqueira tomou conta da cidade inteira, da área nobre aos bairros populares;

- Abandono generalizado das praças de São Luís, transformadas em lixeiro e depósito de entulho;

- Desleixo com o centro histórico, principal referência turística da cidade;

- Crise do IPTU com as cobranças abusivas;

- Tentativa de impor a taxa de iluminação pública;

- Asfaltamento das grandes avenidas que tinham asfalto razoável, enquanto os bairros sucumbiam em crateras;

- Abandono dos bairros, em todos os sentidos;

- Obras eleitoreiras de última hora;

- VLT feito na marra, sem projeto nem licitação, com duas mudanças de rota: começou com a intenção de seguir pela avenida dos Africanos, mudou para a Areinha e agora o prefeito fala em seguir para a área Itaqui-Bacanga;

- A vice-prefeita Helena Duailibe, defenestrada no início da gestão por Castelo, declarou voto em Edivaldo Holanda Junior (PTC);

- Se o(a) leitor(a) tiver sugestões, mande comentários.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

PT: MINISTROS E GOVERNADOR NÃO VIERAM A SÃO LUIS

O renomado jornalista Ilimar Franco, editor da coluna Panorama Político, publicada no jornal O Estado do Maranhão (página 2), cometeu um deslize ao anunciar na edição de hoje 25 que personalidades nacionais do PT vieram a São Luís em missão de apoio à candidatura de Edivaldo Holanda Junior (PTC).

A nota PT EM PESO NO MARANHÃO diz que desembarcaram na capital os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Marta Suplicy (Turismo), além do governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro e o presidente da Funarte Antonio Grassi.

Eis a nota de Ilimar Franco:

"PT em peso no Maranhão
O PT local se declarou neutro, mas o nacional baixou em
São Luís nesta reta final da campanha. Para ajudar o candidato
Edivaldo Holanda Jr. (PTC), que enfrenta João Castelo (PSDB),
foram lá os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Marta
Suplicy (Cultura); o governador Tarso Genro (RS); e o presidente
da Funarte, Antonio Grassi."


Ao contrário do que informa Ilimar Franco, nenhum dos citados esteve em São Luís. A única aparição em apoio a Holanda Junior foi do ministro Padilha, mas apenas em depoimento na propaganda eleitoral de TV.

Suplicy, Genro e Grassi sequer gravaram depoimentos ou fizeram qualquer declaração de apoio a Holanda Junior.

O PT lançou o vice-governador Washington Oliveira (WO) candidato à Prefeitura, com apoio da oligarquia Sarney, mas a aventura eleitoral de WO acabou em míseros 11% de votos, deixando-o em quarto lugar.

No segundo turno o diretório municipal emitiu uma nota declarando “neutralidade”, mesmo tendo um candidato do PSDB, João Castelo, como adversário de Edivaldo Holanda Junior (PTC), integrante do conselho político do governo Dilma Roussef (PT).

Castelo não é só um tucano, é um dinossauro político da Ditadura Militar, situado entre os piores subprodutos do sarneísmo.

Por imposição de José Sarney (PMDB), o PT de São Luís declarou neutralidade para impedir que o partido ingressasse na campanha de Edivaldo Holanda Junior, candidato de Flavio Dino (PCdoB).

As principais lideranças da oligarquia estão engajadas na campanha de Castelo para derrotar Holanda Junior e, consequentemente, Flavio Dino, candidato a governador em 2014 com amplas chances de vitória contra o candidato de Sarney.

O PT sarneísta de São Luís aliou-se ao PMDB de Sarney para dar a vitória ao tucano Castelo.

Apenas a Resistência Petista, grupo não alinhado ao sarneísmo, está na campanha de Holanda Junior desde o início da disputa. No segundo turno, alguns dissidentes do derrotado WO aderiram ao adversário do tucano Castelo.

CASTELO REPETE A VELHA TÁTICA DE 2008

Quem acompanhou de perto a eleição de 2008 para a Prefeitura de São Luís sabe como funcionou a rede profissional de boataria montada pelo então candidato João Castelo (PSDB).

O adversário do tucano era Flavio Dino (PCdoB). A cada semana um boato acusava Dino de algo torpe. Ora ele espancara o pai, ora abandonava a mãe doente em um hospital público. Até a sexualidade do comunista Castelo pôs na rua.

Esse tipo de campanha é recorrente nas estratégias milicianas de Castelo. Em 2012, agora contra Edivaldo Holanda Junior (PTC), Castelo apelou para a montagem grosseira de um vídeo no qual um grupo de militares declara apoio a Holanda Junior.

O adversário de Castelo virou assim um perigoso terrorista nesta ilha magnética rodeada de assombrações e lendas fantásticas.

Castelo também tentou “colar” em Holanda Junior a demissão de funcionários contratados pela Prefeitura.

Em outra investida, o tucano insinua que Holanda Junior, se eleito, não vai dar continuidade às “obras” da atual gestão.

Caso ganhe a eleição, Holanda não deve mesmo continuar nada, porque Castelo sequer começou a governar, deixando a cidade abandonada por três anos.

De todas os boatos, só um não tem efeito - esse da des(continuidade). Porque ninguém pode parar aquilo que sequer se mexeu.

PREFEITURA DE SÃO LUÍS CIMENTA ÁRVORES NO CENTRO

Sem plantar uma árvore durante quase quatro anos de mandato, a gestão do prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), chega ao final de forma degradante.
 As imagens são do repórter fotográfico Biné Moraes, d’O Estado do Maranhão, mostrando as árvores cimentadas no canteiro central da avenida Alexandre Moura, às margens do Parque do Bom Menino, uma das raríssimas áreas verdes de São Luís.
 A “obra” da Prefeitura impermeabilizou a base das árvores, impedindo que sejam regadas ou recebam água das chuvas.

É mais uma demonstração da incompetência, falta de sensibilidade e até perversidade da equipe coordenada pelo prefeito João Castelo, candidato à reeleição.
 Enquanto o mundo inteiro faz um esforço enorme para pautar as questões ambientais, o prefeito de São Luís tortura e mata as árvores da cidade.

Castelo é a barbárie.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

AÉCIO MARCHA COM CASTELO E DILMA IGNORA HOLANDA JUNIOR

Apesar da polaridade entre o PT e o PSDB no plano nacional, em São Luís a disputa é bi ou até tripolar.

Aqui o PT sarneísta, aliado de Lula e Dilma Roussef, coligou-se ao PMDB para ajudar o PSDB e reeleger o prefeito tucano João Castelo. Vejamos:

Enquanto o presidenciável Aécio Neves (PSDB) faz caminhada hoje na rua Grande com o prefeito tucano João Castelo (PSDB), a presidente Dilma sequer gravou uma declaração de apoio ao candidato Edivaldo Holanda Junior (PTC).

A presença da presidente na campanha ficou apenas nas fotografias coladas nas paredes, apesar de Holanda Junior ter dito e repetido que integra a base do governo federal e faz parte do conselho político de Dilma.

O ex-presidente Lula também não veio a São Luís e nem gravou apoio a Holanda Junior.

Lula e Dilma não querem criar dificuldades ao amigo leal e companheiro José Sarney (PMDB), interessadíssimo na reeleição de João Castelo.

Em resumo, tanto o presidenciável tucano Aécio Neves quanto a pretensa candidata à reeleição Dilma Roussef (PT) favorecem Castelo. O primeiro pela presença física na campanha; a segunda, pela ausência.

Pior fez o PT de São Luís. Após a derrota humilhante do candidato sarneísta Washington Oliveira (WO), o diretório municipal emitiu uma nota declarando-se “neutro” no segundo turno.

A Resistência Petista, não alinhada a José Sarney, está na campanha de Holanda Junior.

Mas o PT Nacional obedece a Sarney. A ordem é ajudar Castelo para derrotar Holanda Junior e o aliado Flavio Dino (PCdoB), candidato a governador em 2014, com chances de derrotar a oligarquia.

É para ajudar Sarney e o compadre Castelo que Lula e Dilma estão ausentes da campanha em São Luís.

VIGILÂNCIA TOTAL NA ELEIÇÃO DE SÃO LUÍS

Tudo pode acontecer no Maranhão, essa terra abençoada onde as maldições assombram de vez em quando ou quase sempre.

Qualquer eleição aqui exige atenção redobrada, principalmente quando há grandes interesses em jogo.

No caso específico do pleito de 2012, prévia da grande batalha de 2014, os riscos são ainda maiores.

A compra de votos, uma conduta reprovável, já foi institucionalizada - apesar das recomendações em contrário e das proibições da Justiça Eleitoral.

Para atenuar o comércio eleitoral deve haver uma força tarefa vigilante e operante do Ministério Público, TSE, da Polícia Federal e do Exército.

São Luís precisa de uma atenção especial das forças federais no próximo domingo. Seja qual for o resultado da eleição, deve ser proclamado sob a garantia da lisura do processo de votação, respeitando a vontade soberana do eleitor.

O Judiciário maranhense, já tão maculado por denúncias de corrupção, deve dar exemplo nessa eleição, sem medir esforços para que haja uma votação e apuração limpas.

Em quase todo o Brasil há sinais de evolução das práticas democráticas e do espírito republicano, menos no Maranhão, onde o coronelismo estupra os poderes e a Lei.

A ficção está repleta de ilustrações. Na novela Gabriela, por exemplo, o coronel Ramiro Bastos (interpretado por Antonio Fagundes) dita a Lei em Ilhéus, onde é intendente há 20 anos.

Mas nenhuma ficção chega perto da realidade maranhense, onde até governador eleito é cassado.

O último capítulo de Gabriela será sexta-feira, antevéspera da eleição para prefeito. Tudo indica que o derradeiro coronel de Ilhéus vai cair. Bom sinal. Quem sabe a ficção influencia a realidade e o povo de São Luís resolve destituir o penúltimo caudilho daqui.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

SARNEY & CASTELO: MILITARES E MILÍCIAS NA POLÍTICA DO MARANHÃO

Da ditadura militar à atualidade: os coronéis Sarney e Castelo se entendem
Ninguém melhor que José Sarney, apoiador e beneficiário da Ditadura Militar, entende de golpes e violência.

Os militares apoiados por ele prenderam, torturaram, mataram e até ocultaram cadáveres de centenas de jovens, pais ou mães de família, por 20 anos.

Ninguém melhor que João Castelo conhece as práticas de espancamento e uso da força contra os adversários. Castelo foi o governador que mandou dar porrada nos estudantes de São Luís, que reivindicavam a meia passagem, na greve de 1979.

Os compadres-coronéis José Sarney (PMDB) e João Castelo (PSDB) faziam parte da velha Arena (Aliança Renovadora Nacional), depois transformada em PDS, duas estruturas partidárias de sustentação à Ditadura Militar.

Agora eles estão consorciados nesta eleição com um objetivo central – derrotar Flávio Dino (PCdoB), padrinho da candidatura de Edivaldo Holanda Junior (PTC).

É preciso frear Flavio Dino agora em 2012 para que ele chegue fragilizado na eleição de governador, em 2014, evitando a alternância de poder no Maranhão.

Para atingir esse objetivo, Sarney & Castelo estão armados até os dentes, operando as velhas manobras aprendidas na escola da repressão - a Ditadura Militar - onde foram dedicados alunos e profissionais.

É o que justifica, por exemplo, a campanha sórdida desencadeada pelo prefeito João Castelo contra Edivaldo Holanda Junior.

O marketing viral de Castelo vem criando, semana após semana, uma série de factóides para confundir o eleitorado e baixar o nível da campanha.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a divulgação de um vídeo fajuta que associa conceitos de violência à campanha de Edivaldo Holanda Junior.

Para fugir das questões essenciais – o debate sobre a cidade – Castelo agenda temas que mobilizam a atenção do eleitorado para fuxicos e mexericos.

Um dos principais expedientes dos marqueteiros de Castelo é a produção de boatos para “amarrar” Edivaldo a uma roda-viva de explicações.

Os boatos são plantados cientificamente e produzem um efeito avassalador na campanha porque mobilizam os sentidos da população.

O VÍDEO E A CIDADE

Nas teorias do Jornalismo chama atenção o conceito de Agenda Setting. As pessoas passam a inserir nas suas conversas pessoais aquilo que é disponibilizado no noticiário dos meios de comunicação.

A Agenda Setting pode ser operada artificialmente, a exemplo do vídeo miliciano dos marqueteiros de Castelo, exaustivamente repercutido na internet, nos jornais, na TV e nas emissoras de rádio.

Com essa estratégia, Castelo desvia o foco da campanha e agenda um tema de menor importância para a cidade.

Na lógica marqueteira de Castelo, não importa se as crianças perderam o ano letivo porque as escolas ficaram inviáveis. Não importa se a cidade foi tomada por buracos. Não importa se os hospitais municipais foram transformados em campos de concentração. Não importa se São Luís virou o caos.

O grande assunto, a mais importante agenda da campanha, o magnífico debate é um vídeo no qual um grupo de militares declara apoio a Edivaldo Holanda Junior, com frases de efeito que em nada vão alterar a administração da cidade.

VELHO FILME

A oligarquia Sarney entrou no circuito de duas formas: dando ampla repercussão ao vídeo no Sistema Mirante e mandando prender os militares que declararam apoio a Edivaldo Holanda Junior.

A prisão dos militares, no Brasil redemocratizado, é um atentado à liberdade de expressão e à livre manifestação do pensamento.

Ajudado pelo compadre-coronel José Sarney, Castelo tem todo apoio das forças coercitivas do Governo do Estado, sendo beneficiado pelo mesmo expediente da repressão de 1979, quando mandou espancar e prender os estudantes.

Castelo joga sujo e vai levando a campanha para o terreno onde ele luta melhor – o lixo e a lama.

Não existe maior violência do que privar o eleitor de conhecer as propostas dos candidatos e participar dos debates reais e mais importantes sobre a cidade.

Fruto da Ditadura Militar que o gerou, Castelo utiliza-se de um marketing miliciano para violentar o eleitor.

Uma lástima.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Maranhão DA COR DO PECADO

Hildonjackson Santana Dias *

Desde 1965 está entre nós a teledramaturgia global, que estreou sua primeira NOVELA com o seguinte título: ILUSÕES PERDIDAS. Qualquer semelhança desta trama com a história do povo maranhense é mera coincidência. Então, vou te contar... .

Neste mesmo período surge na história política maranhense a figura de José Sarney, que fora eleito Governador do Estado com o slogan “O Maranhão Novo”. Começa a consolidar-se, então, a idéia do mito do SALVADOR DA PÁTRIA. Aquele que iria libertar o Maranhão do atraso das velhas práticas do “coronelismo”, do assistencialismo e também modernizar o Estado.

Acontece, porém, que como se tivesse DUAS CARAS, DUAS VIDAS este ser camaleônico travestiu-se de tal forma, que está há mais de 40 anos no poder dominando a política local, indicando e elegendo todos os governadores do Estado até 2006. Isto só foi possível por que Sarney esteve ao lado de todos aqueles que dominaram a política nacional neste período.

O ASTRO maior da política maranhense relegou o Estado aos piores índices sociais do Brasil. O PARAÍSO anunciado ficou somente no EU PROMETO. A modernização e o progresso não vieram. Nas PÁGINAS DA VIDA do povo maranhense estará registrada a ânsia de poder deste clã que reina absoluto há mais de quatro décadas. O todo poderoso faz de tudo e a qualquer preço para permanecer no poder.

No nosso Estado o nome SARNEY é perpetuado de forma tão intensa que prédios públicos, pontes, bairros, praças, avenidas, escolas, palácios e maternidades são inaugurados com o DNA SARNEY.

Só falta construir um cemitério e batizar com o nome de alguém da família. Se, ao menos, fosse como na série O BEM AMADO onde o prefeito “Odorico Paraguaçu” inaugura o cemitério com o seu próprio enterro. Mas ainda está longe de sepultarmos de vez a influência política deste grupo na história maranhense.

O Maranhão precisa se reencontrar. E a população tem que ser SENHORA DO DESTINO de sua história, descartando e desprezando aqueles que acham que o Estado é só um PARAÍSO TROPICAL e que morar em casas de taipas e palhas é normal.

A república Maranhão assemelha-se muito à KUBANAKAN, aquela republiqueta onde reinava a ganância, a corrupção e os desmandos. Pobre Maranhão! DEUS NOS ACUDA da sede insaciável desta oligarquia. A FAVORITA da família retorna ao trono do palácio, alicerçada em uma decisão judicial de única instância que desconsiderou a vontade popular.  E onde está o meu voto?       A GATA COMEU.

O patriarca da família, como se dissesse QUE REI SOU EU que não consigo reconduzir O CLONE meu ao poder, faz o possível e o impossível junto aos tribunais superiores em Brasília para recolocar o seu BEBÊ A BORDO da nau maranhense, já que ele é “o dono do mar”. 

A INDOMADA, a FERA RADICAL e a “guerreira” estão de volta e com elas a CIRANDA, CIRANDINHA... .

Muitas CARAS E BOCAS ainda aparecerão no cenário político do Maranhão. Mas é preciso estar vigilante para não permitir que estas pessoas transformem o nosso Estado, a nossa cidade em uma SELVA DE PEDRA.

Precisamos reencontrar o CAMINHO DAS ÍNDIAS e impedir que esta oligarquia transforme o governo em um NEGÓCIO DA CHINA onde seus interesses particulares prevaleçam sobre os da maioria.

Nós, o povo maranhense, temos UM SONHO A MAIS para alimentar as nossas esperanças de dias melhores. Vamos fazer como fizeram OS IRMÃOS CORAGEM que defenderam a sua cidade e expulsaram, dela, aqueles que queriam roubar o seu tesouro.

O Maranhão não é uma grande fazenda onde o seu dono, O REI DO GADO, determina o destino de suas rezes. A luta dos Movimentos Sociais terá de continuar com homens e mulheres dispostos a mudar a triste realidade da nossa terra.

Faremos como DONA XÊPA: que lutou muito, trabalhando no mercado até ver o seu filho formado e autor de livros. No universo dramatúrgico vivido por ROSEANAS, HELENAS, FLORAS, ODETES REUTMAN, SINHOZINHO MALTA, ZECAS DIABO, LEÔNCIOS E MARIAS DE FÁTIMA o enredo poderia abordar a volta da esperança como aconteceu em ROQUE SANTEIRO, aquele escultor de santos, que desaparecido retorna à sua cidade e causa um rebuliço no meio da classe dominante que explorava a sua imagem para controlar o povo.

Ou como em TIÊTA, que ao voltar à sua Santana do Livramento causa um furacão de invejas e despeito dentro da sociedade medíocre.

Não precisamos de BARRIGA DE ALUGEL para gestar a democracia. Nem de um PAI HERÓI que trata os destinos do Maranhão em LAÇOS DE FAMÍLIA.

Vamos nos inspirar em Negro Cosme, Mãe Firmina, João do Vale e tantos outros que lutaram por mais dignidade. Lutaremos como a ESCRAVA ISAURA que não se submeteu aos caprichos do coronel Leôncio e lutou até alcançar a liberdade. Não queremos assistencialismo, clamamos para ver a nossa luta reconhecida.

Afinal CHOCOLATE COM PIMENTA no dos outros é refresco. Queremos, sim, UM SÉTIMO CÉU, MULHERES APAIXONADAS e principalmente a TERRA NOSTRA para plantar o nosso FEIJÃO MARAVILHA e ter o nosso LARANJAL.

Não sabemos como terminará a nossa novela. Espero que não tenha o tom e a dramaticidade de gosto duvidoso, como os folhetins mexicanos. Mas, como na trama tudo é possível e já dizia uma rede de TV, a TV COLOSSO: “ele é um colosso, ele não larga o osso”.

Podemos esperar capítulos com ares nebulosos que nem ZAZÁ ousaria voar.
Agora voltando ao primeiro parágrafo, Sarney como ator político principal está entre nós desde 1965 e ele foi convidado a protagonizar UM ANJO QUE CAIU DO CÉU, mas ele preferiu fazer ANJO MAL. Então, só nos resta VIVER A VIDA.
Pronto, TE CONTEI... . Plim-plim.

* Hildonjackson Santana Dias é militante do PT cheiroso e estudante do IFMA.

PARA EDIVALDO, VÍDEO SOBRE “MILÍCIA 36” É MONTAGEM

Em nota, a coligação Muda São Luís, liderada pelo candidato a prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC), rebate as acusações de um suposto vídeo no qual apoiadores de Holanda estariam montando uma “Milícia 36”.

O vídeo vem sendo explorado pelo prefeito João Castelo (PSDB), tentando associar o conceito de violência à campanha de Edivaldo Junior.

“Esse vídeo é somente mais uma manipulação de informação, como tantas feitas nessa campanha, para tentar ganhar a eleição a qualquer custo”, diz a nota da coligação Muda São Luís.

O vídeo foi tema do editorial de hoje da coluna Estado Maior, principal agenda política do jornal O Estado do Maranhão, controlado pela família Sarney.

Veja a nota na íntegra.

NOTA DA COLIGAÇÃO MUDA SÃO LUÍS
EDIVALDO PREFEITO

Temos feito uma campanha limpa, em respeito às famílias de São Luís. Infelizmente, desde o começo do 2º turno o candidato Edivaldo Holanda Junior tem sido alvo de ataques mentirosos e ilegais na TV e no rádio, além de panfletos com ofensas que circulam nos bairros. São 11 dias seguidos de agressões contra Edivaldo e seus familiares.

Agora, em mais uma tentativa desesperada de João Castelo para evitar a sua derrota, montaram um vídeo, juntando imagens de vários momentos, para criar a mentira de que existiria uma “milícia 36”. Desafiamos o Sr. João Castelo a apresentar um único ato de violência que foi praticado por essa suposta milícia.

Na verdade, Edivaldo Holanda Junior participou de uma reunião com bombeiros, militares e suas famílias, que têm todo o direito de se manifestar fora do seu horário de trabalho. São cidadãos e cidadãs que merecem respeito.

O vídeo apresentado por João Castelo é totalmente montado e ilegal, conforme o artigo 45, inciso II e parágrafo 5º, da Lei n° 9.504/97. Estamos pedindo à Justiça o direito de resposta, perícia no vídeo e investigação sobre quem foi o autor da montagem.

Também estamos requerendo a presença de forças federais no 2º turno de São Luís, a fim de eliminar esse clima de medo que Castelo tenta criar. As forças federais também servirão para impedir a compra de votos que está
sendo preparada, inclusive com o uso de repartições públicas.

Esse vídeo é somente mais uma manipulação de informação, como tantas feitas nessa campanha, para tentar ganhar a eleição a qualquer custo. Edivaldo é um homem cristão, pai de família, sempre foi comprometido com a paz e a democracia.

São Luís quer a mudança, e nenhuma manipulação vai impedir que isso aconteça.

São Luís, 22 de outubro de 2012.

COLIGAÇÃO MUDA SÃO LUÍS – EDIVALDO PREFEITO

domingo, 21 de outubro de 2012

GUARDANAPOS

De vez em quando a gente se liga. A conversa é grande, plena de especulações sobre a conjuntura, cenários, atores e projeções sobre a política no Maranhão. Ao final do telefonema, um dos dois sempre encerra o bate-papo com a frase emblemática: “precisamos rabiscar uns guardanapos”.

Os lenços de papel foram marcantes em um período especial das nossas vidas, embaladas por utopias e revoluções de todos os tipos. Como bons militantes, a última reunião do dia acabava em cerveja.

O local predileto era um bar no São Francisco, ao som de jazz e blues, às margens da avenida Colares Moreira, onde as especulações políticas ampliavam-se na medida das dosagens etílicas.

Entre um e outro brinde, os mapas de conjuntura eram desenhados nos guardanapos dispostos na mesa, riscados com caneta faber castel. Ficavam ali, naqueles desenhos, todas as táticas da estratégia que um dia levaria a esquerda ao poder.

Vendo o PT hoje, que coisa!...Mas é sempre bom lembrar daqueles papéis e dos sons que animavam nossos sonhos.

Os guardanapos, em outras épocas, foram muito úteis para mandar recados de paqueras entre as mesas de bar. Hoje, com a tecnologia avançada, enviam-se torpedos por celular. São outras as formas de conquista.

Porém, os papéis escritos não perderam o charme. Certa vez um amigo contou-me de suas aventuras amorosas com um fim apoteótico.

Ele encantou-se por uma moça, especialmente pelos lábios dela, mas sofria de uma terrível timidez. Para superar o obstáculo, escreveu um bilhete à pretendida solicitando que ela lhe desse um autógrafo.

Mas ele não queria um autógrafo tradicional. A assinatura da moça – pedida no bilhete – deveria vir no guardanapo com o decalque dos lábios dela, contornados de batom.

A pretendida não só atendeu à solicitação como encantou-se por aquela cantada inusitada, rendendo ao rapaz, além do decalque dos lábios, muitos beijos ao fim da noite.

Os guardanapos lembram também outras viagens proporcionadas pelos manufaturados nas aulas comunitárias. Hoje, nas salas da UFMA, os delicados papéis brancos servem para limpar a sujeira das mesas e cadeiras sempre empoeiradas.

Há também motivos muito nobres para os guardanapos, como enrolar salgadinhos carinhosamente e servir a alguém especial, durante um coquetel.

Quando vejo, nas tardes de setembro, a meninada empinar papagaios no céu de São Luís, imagino guardanapos voando, soltos, libertos, guinando os sonhos em bailados mágicos pelo ar, escrevendo no invisível os sonhos ainda vivos daquela mesa de bar ao som de jazz e blues.

Boas lembranças que rabisco aqui na tela branca do computador, meu guardanapo eletrônico, onde compartilho nesta crônica alguns dos melhores momentos da vida.