Marcos Fábio Belo Matos
prof. dr. do curso de Comunicação Social – Jornalismo da
Ufma-Imperatriz
No
último dia 26 de julho, durante as atividades da 64ª. SBPC, um grupo de
professores, estudantes, profissionais e pesquisadores, todos interessados no
estudo da mídia, reuniu-se para dar forma a uma ideia que já vinha sendo
trabalhada há, pelo menos, um ano e meio: a criação de uma rede de pesquisa em
mídia no Maranhão.
A
ideia inicial foi plantada pelo professor Francisco Gonçalves, do Curso de
Comunicação da Ufma São Luís, e tinha como mote preparar as comemorações do
bicentenário de fundação do mais antigo jornal a circular em terras timbirenses,
o Conciliador do Maranhão, que saiu
do prelo em 1821. Portanto, daqui a nove anos este senhor fará seus 200 anos e
era preciso pensar em uma rememoração com pompa e circunstância.
Com
essa intenção, foi sendo aglutinado em torno da proposta de criação da rede um
grupo formado por pessoas interessadas na mídia, a partir das suas relações –
diretas ou tangenciais – com a história. Vieram então colegas que espreitam a
mídia pelos mais diferentes vieses: a historiografia, a linguagem/discurso, as
relações socioeconômicas, a cultura, a antropologia, a filosofia, a organização
comunicativa, enfim, muitos olhares sobre um mesmo objeto científico. O que se
tornou muito interessante, porque deu a uma ideia pequena uma dimensão de
grande área de investigação.
Foram incorporados à rede – ainda sem nome, até antes do
fim do encontro – grupos de pesquisa, como Núcleo de Estudos do Maranhão
Oitocentista (NEMO), Grupo de Pesquisa de Mídia Jornalística (G.Mídia),
Núcleo de Pesquisa em Comunicação Midiática e Institucional,
Núcleo de Estudos em Estratégias de Comunicação (NEEC), Núcleo de Pesquisa
Estética e Mídia (NUPEM), Núcleo de Produção e Pesquisa da Imagem (NUPPI)
e Laboratório de Convergência de Mídia (LABCOM). Com os grupos, vieram os professores e os cursos onde
trabalham.
A
Rede também conseguiu agregar um conjunto de cursos de graduação, programas de
pós-graduação e universidades e faculdades particulares, construindo uma ótima
oportunidade de dar organicidade às pesquisas, que em geral andam isoladas.
Vieram somar com a iniciativa professores e/ou estudantes vinculados aos curso
de História da Uema, curso e mestrado em História da Ufma, cursos de
Comunicação da Ufma São Luís e Imperatriz, curso de Ciências Sociais da Ufma, cursos
do Ifma, curso de Filosofia da Ufma, cursos de Publicidade e Propaganda e
Jornalismo da Faculdade São Luís, curso de Publicidade do Uniceuma, Dinter em
Comunicação Social e Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade.
Destaque
também para a presença, na reunião de lançamento, da Fapema, a única entidade
pública de fomento às pesquisas científicas do Maranhão. Com ela como parceira,
será mais fácil o encaminhamento das ações específicas de uma rede de pesquisa.
E
que ações, então, a Rede se propõe a empreender? A partir de 2013, quando será
realizado o seu primeiro evento científico e aprovada a sua estrutura
institucional (estatuto, regimento, diretoria, formas de participação, formas
de sustentação etc), deverão ser feitas ações como: eventos anuais para reunir
pesquisadores e pesquisas sobre mídia maranhense; formação de um acervo,
impresso e em outros formatos e sua disponibilização; publicação de obras raras
sobre estudos de mídia estadual; concursos de monografias; criação de uma
identidade visual; criação de um site; formação de uma memoriabilia; incentivo
à pesquisa na área, em nível de graduação e pós-graduação, dentre outras.
A
rede tem um forte sentido de unidade, de somar individualidades em prol de
muitos objetivos em comum. Talvez por isso, a professora Letícia Conceição
tenha proposto, ao fim do encontro, um nome bem sugestivo
para batizá-la: Remar. Um nome que aventa união, movimento, um nome afeito à
identidade do nosso estado das muitas águas (de mar, de rio, de cachoeiras), um
nome que nos remete à união de muitos para “tocar o barco em frente”.
A
Remar surgiu, nasceu e agora precisa crescer. Venha remar conosco.
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