A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, esticou a corda na batalha judicial contra o grupo Clarín, um dos maiores oligopólios de comunicação do mundo.
Assemelhado às organizações Globo no Brasil, o Clarín é a megacorporação midiática com tentáculos em vários negócios e fortíssima influência política na Argentina.
Apesar do poderio midiático do Clarín, Kirchner não se intimidou e quebrou o monopólio da empresa, impondo uma série de restrições ao acúmulo de propriedade cruzada nos meios de comunicação.
Pela Lei de Meios, o Clarín está impedido de ampliar sua rede de canais de rádio e TV. A regulação facilita a concorrência saudável no capitalismo e permite que outras empresas possam controlar os meios de comunicação.
Muito diferente da postura de Kirchner, os governos petistas de Lula e Dilma foram generosos com as organizações Globo, despejando quase 60% das verbas publicitárias do governo federal nas empresas da família Marinho.
Do ano 2000 a 2012, o governo ofertou quase R$ 6 bilhões em verbas publicitárias somente para a Globo, do total de R$ 10,7 bilhões distribuídos às redes de televisão no Brasil.
Veja no quadro acima, editado pelo jornalista Fernando Rodrigues (UOL).
Lula tomou posse em 2003 e não mudou em nada a política de transferência de recursos para o maior monopólio privado de comunicações do país.
Dilma seguiu à risca as orientações de Lula e continuou abastecendo a Globo com a grande fatia do dinheiro público para os tubarões da mídia.
Nos governos Lula e Dilma quase nada foi feito para incentivar a comunicação pública ou a propalada democratização da comunicação.
Enquanto Kirchner enfrenta o poderoso Clarín, Lula e Dilma enriquecem ainda mais a Globo.
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