O festivo e propagado lançamento da pré-candidatura de Max Barros (PMDB) à Prefeitura de São Luís em 2012 lembra um outro momento eleitoral interessante no Maranhão.
Corria o ano de 1985, quando muitas forças convergiram para o prefeiturável Jaime Santana (PFL), com o potentoso slogan "Força Total".
Santana tinha indiscutível apoio federal, estadual e municipal, nas figuras do presidente da República José Sarney (PDS), do governador Luiz Rocha (PDS) e do prefeito Mauro Fecury.
Haroldo Saboia (PMDB), Jackson Lago (PDT), Luis Vila Nova (PT) e Emanoel Viana (o homem que não engana) disputavam pela oposição.
Santana fez campanha rica. Era um gigante idolatrado. A cidade incendiava e davam como certa, no início da campanha, a vitória da "Força Total".
Mas a festa caiu no colo de Gardênia Gonçalves (PDS), esposa do atual prefeito João Castelo (PSDB), com aquela rima intragável: "Gardênia, nome de flor, vai tratar São Luís com amor".
O vice de Gardênia era Jairzinho da Silva e o resto da história todos conhecem - uma gestão desastrada, culminando com o incêndio da Prefeitura.
A velha e renovada citação de Karl Marx - "A história se repete como farsa ou tragédia" - cabe como uma luva. Mas se der João Castelo de novo em 2012, não será nenhum dos dois adjetivos de Marx. É maldição mesmo!
E Max Barros, com essa pompa toda, sob as bênçãos de Roseana, Sarney, Dilma e Lula, corre o risco de repetir o desempenho de Santana. Tomara.
São Luís merece algo melhor. Bira do Pindaré (PT) e Flavio Dino (PC do B), por exemplo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário