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domingo, 16 de junho de 2013

CLAUDIO COSTA ABRE EXPOSIÇÃO NA CASA DE NHOZINHO

Inspirado nas atitudes transgressoras dadaístas do início do século XX, meio sem pedir licença, como se fosse um ‘Sem Espaço’, o artista visual Cláudio Costa vai se apropriar poeticamente da Casa de Nhozinho, espaço cultural na Praia Grande, em São Luís, promovendo no local exposição, happening, além de oficinas de construções coletivas, toque de caixas e recitais de poesia.
O patrocínio é do I Edital Universal de Apoio à Cultura Maranhense, da Secretaria de Estado de Cultura (Secma). A ocupação abriu sábado e prolonga até 15 de julho. Nesse período, o público poderá apreciar instalações, shows e inúmeras atividades oferecidas gratuitamente.
Cláudio Costa vai mostrar em São Luís, em especial para artistas, fragmentos de uma longa experiência estética no campo das artes visuais ocorrida nos últimos 12 anos por meio do Projeto Rotas Geopoéticas, que ele vivenciou viajando, em embarcações, por isolados comunidades do Litoral do Maranhão.
 Na Casa de Nhozinho, o Projeto Rotas Poéticas é uma exposição resultante das viagens de Cláudio Costa na embarcação-atelier, quando ele e um grupo de artistas construíram e levaram expressões da arte contemporânea e educação para um público diferenciado. A vivência promoveu cultura e a arte contemporânea entre povos que vivem em distantes e isoladas localidades da costa maranhense.
As apresentações na casa de Nhozinho Claudio Costa nominou de ‘Estas+Dias Geopoética’. “É o termo que uso para a ação de permanência nas localidades que encontrei ao longo da Litoral do Maranhão. É algo como uma medida espaço-temporal onde se desenvolve a relação de convívio com os moradores de ilhas distantes”, expressou o artista.
 
Para ele, a exposição na Casa de Nhozinho é o afloramento do espaço remetido à pausa, ao pouso, à permanência etérea. “É a própria ação dentro do tempo e do local, o espaço do encontro e o momento das trocas, onde são realizadas apropriações de elementos poéticos da paisagem marítima do Maranhão”.
Em outras palavras, Cláudio Costa vai oferecer jóias da arte construídas nestes últimos anos. São fragmentos e relatos dos inúmeros trabalhos construídos durante as viagens.  
Vivenciaram as rotas poéticas, com Cláudio Costa, os poetas Paulo Melo e Souza, Henrique Santos, Kátia Dias, Luiz Henrique Resende e Couto Correa Filho; Rose Coureira (arte-educadora) Luiz Pazzine (teatrólogo e professor da Ufma), Juliana Manhãs (arte-educadora), Periandro Barreto (psicanalista), Sérgio Castanheira (músico), Silvio Botelho (pintor), Luiz Inácio de Oliveira (filósofo), além do Mestre Lourimar que comandou a embarcação.
O cineasta Beto Matuck, que também participou das Rotas Geopoéticas, está realizado um documentário, no qual estão algumas das passagens, formas de criação e instalações vivenciadas por Cláudio Costa durante as rotas.
 
Da vivência das Rotas Geopoéticas restaram fragmentos que estarão presentes na exposição. “Os fragmentos, os restos das viagens de Claudio Costa denunciam e, também, representam, de forma viva, o todo desse trabalho inédito e criativo. É isso que estamos traduzindo na Casa de Nhozinho”, afirmou o diretor da Casa, Jandir Gonçalves.
Atividades da Ocupação
 
A abertura dos trabalhos será com a ocupação de ranchos de taipas instalados na área externa da Casa de Nhozinho. Nestes locais serão colocadas obras em tecido, objetos e construção coletiva de obras. Até o dia 23, serão realizadas visitas monitoradas e oficinas como a experiência estética na construção de figurinos com o grupo teatral Cena Aberta da Ufma, participação de estudantes universitários e aberta a alunos do Ensino Médio.
No dia 23, véspera de São João, às 12h, a ocupação se concretiza definitivamente, com uma feijoada regada a toque de caixeiras de Dona Tereza Aroucha, de Cajueiro (município de Viana). Neste dia, os artistas fazem um relato das Rotas Poéticas com projeção de imagens.
SERVIÇO:
O QUE: Lançamento da exposição ‘Estas+Dias Geopoéticas’ de Cláudio Costa e convidados
QUANDO: até 15 de julho
ONDE: Casa de Nhozinho (Rua Portugal na Praia Grande, no centro histórico de São Luís)
PÚBLICO: Aberto, gratuitamente, para todos os públicos.

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