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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

SHOWS OSTENTAÇÃO NA POBREZA DO MARANHÃO

Festa de aniversário deve custar mais de meio milhão
DUPLA OSTENTAÇÃO: deputado Josimar e sua esposa, prefeita Detinha,
torrando dinheiro no município pobre de Centro do Guilherme
“Bruno & Marrone”, “Brasas do Forró” e a cantora gospel Fernanda Brum são atrações confirmadas para festejar o aniversário do município de Centro do Guilherme, na região do Alto Turi, no Maranhão.

Apenas o cachê de “Bruno & Marrone” é estimado em R$ 150 mil.

Uma fonte de Centro do Guilherme informou ao blogue que o custo total da festa vai superar R$ 500 mil, incluindo pagamento dos artistas, palco e sonorização.

Centro do Guilherme é uma das cidades mais miseráveis do Brasil, administrado pela prefeita Maria Deusidete Lima da Silva, a Detinha (PR).

Detinha é esposa do deputado estadual Josimar de Maranhãozinho (PR), conhecido pelo apelido de “O moral da BR”, em alusão à BR-316, estrada que liga o Maranhão ao Pará.

Na farta propaganda veiculada nas emissoras de rádio de São Luís, Josimar de Maranhãozinho figura como “apoio” do aniversário de Centro do Guilherme.

Eleito em 2014 com a maior votação para a Assembleia Legislativa, Josimar de Maranhãozinho teve 99.252 votos.

Bem antes da eleição, Maranhãozinho já era apontado como líder disparado da votação, devido ao volume de campanha: farta distribuição de material de propaganda, uma enorme quantidade de carros de som, motos, carros de passeio e de aluguel adesivados, entre outros indícios de abuso de poder econômico.

O deputado foi prefeito da cidade de Maranhãozinho, incorporando o nome do município ao seu apelido político-eleitoral.

No plenário da Assembleia, é um deputado do baixíssimo clero. Mas, nos municípios cortados pela BR-316, o parlamentar é um símbolo da ostentação, confirmado na campanha milionária que lhe rendeu o título de campeão de votos no parlamento estadual.

Sua marca principal é o gasto exagerado com festas e shows.

A região da BR-316 é marcada por denúncias de extração irregular de madeira, invasão de terras indígenas e corrupção no seguro defeso.
Nas cidades da região, é comum a frase: "aqui tem mais pescador que gente."

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