Os números:
Edivaldo: 280.809 votos (56,06%)
Castelo: 220.085 votos (43,94%)
Com a derrota de Castelo, um dos piores subprodutos da
oligarquia Sarney, São Luís começa a dar as costas para os políticos arcaicos.
Os coronéis Sarney e Castelo, ao centro, começam a ruir |
Castelo é o sinônimo do atraso, da incompetência e do
autoritarismo. É tudo que o povo de São Luís começa a rejeitar.
O governo Roseana Sarney (PMDB) empenhou-se na campanha
tucana, mas não adiantou. Os coronéis perderam.
O tempo passado no Maranhão |
Há um sentimento de renovação no eleitorado ludovicense, que
pode se estender à eleição de 2014 para o governo do Maranhão.
E eleição de Edivaldo Holanda Junior não configura uma
renovação ideológica de grande profundidade. Também não é uma alternância de
poder entre grupos muito distintos.
É uma renovação de gerações. Um grupo mais jovem assume o
poder.
Castelo foi derrotado pelos fatores que todo mundo conhece,
traduzidos em uma palavra – abandono.
Castelo pediu, Roseana ajudou, mas o eleitor negou |
O prefeito passou três anos indiferente à cidade. Dedicou o
segundo ano do mandato – 2010 – para eleger a filha Gardeninha Castelo (PSDB)
deputada estadual.
Somente no último ano (2012) Castelo resolveu “trabalhar”,
reacapeando as grandes avenidas, enquanto os bairros sofriam todo tipo de maus
tratos do poder público.
A Prefeitura fez algo desumano com centenas de pais e mães
de família. Deixou as crianças um semestre inteiro sem aula por falta de
condições estruturais nas escolas.
O prefeito não teve habilidade sequer para costurar uma
coligação. Todos os partidos aliados o rejeitaram. Restou ao prefeito montar
uma chapa tucana pura, com o deputado estadual Neto Evangelista de vice.
Castelo chegou ao final do mandato do jeito que começou,
engolindo a própria arrogância.
A mesma arrogância do coronel-mor José Sarney (PMDB), que
ainda governa o Maranhão como se fosse um feudo onde ele tudo pode e manda.
Foi com essa concepção atrasada que Castelo pôs na cabeça
que poderia vencer a eleição de qualquer jeito, mas foi derrotado.
Perdeu a eleição em condições atípicas na capital, quando a
regra é o prefeito garantir a reeleição ou fazer o sucessor. Tinha sido assim
desde 1988, no primeiro mandato de Jackson Lago (PDT).
A derrota de Castelo é um abalo no coronelismo que amaldiçoa
o Maranhão. Caiu o penúltimo. Que em 2014 venha abaixo o que restou dos
escombros da política.
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