Governador Flávio Dino e o secretário Marcio Jerry, alinhando mídia e política |
Na essência, o governador Flávio Dino (PCdoB) atribuiu mais poderes ao seu principal secretário, Marcio Jerry (PCdoB), consolidando e centralizando a articulação política do governo.
Assim, a reforma administrativa alinhou política e comunicação no eixo estratégico da gestão. Essa mudança ocorre necessariamente em um ano eleitoral importante para o governo.
2016 é o meio do caminho. Flávio Dino sabe que a reeleição em 2018 não está garantida, embora faça um governo sem comparação com Roseana Sarney (PMDB).
A principal e imediata missão de Marcio Jerry é articular uma base governamental ampla e vitoriosa nas eleições municipais e preparar a grande batalha de 2018.
Para isso, é fundamental alinhar mídia e política, administrando os fluxos de notícias, os agendamentos do governo e a distribuição de verbas publicitárias nos meios de comunicação.
FELIPE CAMARÃO, O GERENTE
A função propriamente gerencial ficará a cargo do governador Flávio Dino (PCdoB), que terá como braço direito a Secretaria de Governo, a ser criada e entregue a Felipe Camarão, ex-secretário de Cultura.
Flávio Dino precisa de uma pessoa com perfil gerencial e de bom trato para monitorar, cobrar e avaliar o cumprimento das ações e metas do governo.
Essa missão, mais técnica, ficará a cargo de Felipe Camarão, gestor experiente e dotado de expertise na área executiva. Ele vai acompanhar e cobrar resultados dos secretários.
O desempenho do plano estratégico do governo será fundamental para avaliar a gestão e, ao fim de quatro anos, apresentar resultados exitosos ao eleitorado.
Camarão cuida da área técnica e Marcio Jerry fica mais livre para fazer a articulação política, combinada à comunicação, como bem leu e aprendeu naquele livro de Albino Rubim.
Essa é a engenharia.
E MARCELO TAVARES?
Chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, segue como estava no governo Flávio Dino |
A Casa Civil permanece com Marcelo Tavares. Ele foi citado duas vezes na entrevista coletiva do governador Flávio Dino, mas vai ficar focado nas questões mais burocráticas de azeitamento da máquina pública.
Segundo Dino, os esforços para a redução de gastos estão sob a coordenação de Tavares, além da articulação com os poderes Judiciário e Legislativo.
O ostracismo do chefe da Casa Civil não deve agradar ao ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB), que cobrou abertamente, na entrevista do Jornal Pequeno, mais visibilidade e musculatura política ao cargo de Marcelo.
Dino elogiou José Reinaldo, reconheceu sua legitimidade para aconselhar o governo, mas não atendeu aos apelos do aliado.
Esse é o retrato do momento. 2016 começou quente.
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