O recuo do PT na indicação do vice Mario Macieira na chapa do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT) pode ser um bom momento para o partido rever a tática eleitoral e a política de alianças.
Nessa revisão, os petistas têm a opção de compor com o PSOL, na chapa liderada por Valdeny Barros, construindo uma frente mais aproximada do campo democrático-popular.
A aliança PT + PSOL seria um espaço propício para o petismo se reencontrar com a militância e fazer uma campanha de cabeça erguida, programática, sem os excessos de pragmatismo que afundaram a legenda.
O PT já fez todos os gestos possíveis para o PDT e até agora não conseguiu emplacar o vice já definido internamente - o advogado Mario Macieira.
Quando quase tudo estava acertado, a executiva estadual do PT divulgou uma nota pondo a aliança com Edivaldo Junior em suspenso, porque a vaga já estaria prometida ao PSB do senador Roberto Rocha.
Diante desse impasse, o PT não pode mais se humilhar ao prefeito e nem cair no desespero pragmático de apoiar Wellington do Curso (PP), cujo padrinho é o deputado federal André Fufuca, integrante da tropa de choque de Eduardo Cunha (PMDB).
Depois de cometer tantos erros no Maranhão, o PT precisa se reencontrar e fazer alianças que possam atenuar o enorme desgaste perante o eleitorado.
Ex-militante da esquerda do PT, Valdeny Barros lidera a chapa do PSOL |
Se a aliança com o prefeito Edivaldo Junior já é ruim, com o PP será péssimo.
Já basta a bancada petista inteira ter votado em Rodrigo Maia (Democratas) para a presidência da Câmara dos Deputados.
Em nome do pragmatismo, tudo já foi feito no PT, entre alianças e acordos espúrios.
Não é mais o momento de errar.
Uma aliança com o PSOL em São Luís é saudável e pode servir de laboratório para que o PT se reencontre com o povo.
Se perder aliado ao PSOL, sai da batalha de cabeça erguida.
É bem melhor que ganhar humilhado com Edivaldo Junior ou degenerado com o PP que ajudou a cassar Dilma Roussef.
4 comentários:
A volta da política estudantil é capaz de ganhar o DCE, mas não faz 01 vereador sequer. Como não vai a lugar nenhum, também não resolverá as dores do povo. Bom para umas cervejas até tarde no bar. Coisas de bons meninos de classe média, que não sabem o que é desemprego, nunca tiveram dificuldade de comprar uma lata de leite para um filho.
A análise e a sugestão são, mais uma vez, muito coerentes. Talvez não possamos esperar essa coerência dos dirigentes do PT,infelizmente.
Carlos Agostinho, do jeito que está, é mais fácil o PT se aliançar com o PP. Triste.
Não eleger ninguém é o mesmo que nada resolver da vida do povo. Uma aliança com o Psol é reunir o quase nada com o coisa nenhuma.
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