O plenário do Senado Federal aprovou, na madrugada desta
quinta-feira (12), a instauração do processo de impeachment da presidenta Dilma
Rousseff. Com 78 senadores presentes, 55 votaram favoravelmente à continuidado
do processo de impedimento, enquanto 22 votaram não. Apenas o presidente da
Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), optou por não votar.
Antes da votação, realizada por meio de painel eletrônico,
os senadores que se inscreveram tiveram a oportunidade de defender seus votos
por até 15 minutos cada. Por isso, a sessão que teve início às 10h de
quarta-feira, só se encerrou às 6h40 desta quinta (12), após o pronunciamento
do Advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo e da votação.
Diferentemente da Câmara, no plenário do Senado não houve
orientação das lideranças anteriormente à votação.
Confira, aqui, como votou cada senador.
PARA DILMA, É GOLPE
Ao discursar após ser notificada de seu afastamento, Dilma Roussef denunciou que o processo de impeachment teve inconsistência jurídica, foi injusto e penalizou uma pessoa inocente.
"Quando uma presidente eleita é afastada por um crime que não cometeu, o nome que se dá a isso num ambiente democrático é golpe", declarou.
Dilma estava cercada por parlamentares, ex-ministros, dirigentes nacionais do PT e do presidente Lula, além de apoiadores e militantes dos movimentos sociais.
A presidente afastada fez referência também à sua vida pregressa de ativista contra a ditadura militar, quando foi torturada. "Eu já sofri a dor invisível da tortura, agora sofro novamente a dor inominável da injustiça", repudiou.
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